País registra uma onda de manifestações após a morte da jovem Mahsa Amini (CHRISTOPHE ARCHAMBAULT/AFP via Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 13 de outubro de 2022 às 10h45.
Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 10h45.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, acusou nesta quinta-feira o governo dos Estados Unidos de exercer uma "política de desestabilização" contra o Irã, país que registra uma onda de manifestações após a morte da jovem Mahsa Amini.
A iraniana de 22 anos morreu em 16 de setembro, três dias após sua detenção pela polícia da moral de Teerã por supostamente ter violado o rígido código de vestimenta das mulheres na República Islâmica.
"Após o fracasso dos Estados Unidos na militarização e sanções, Washington e seus aliados recorreram à política fracassada de desestabilização", afirmou Raisi durante uma reunião de cúpula no Cazaquistão, de acordo com seu gabinete.
Os iranianos "invalidaram a opção militar americana e (...) provocaram uma derrota humilhante à política de sanções e pressão máxima", acrescentou.
O governo dos Estados Unidos impôs uma série de sanções contra o Irã desde que o ex-presidente Donald Trump determinou a saída unilateral, em 2018, do acordo nuclear entre Teerã e as principais potências mundiais (Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia).
"O que causa o sucesso do povo iraniano e aterroriza as potências dominantes é a atenção da nação ao progresso baseado em sua força interna", disse Raisi.
O guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, também acusou Estados Unidos e Israel, arqui-inimigos do país, de fomentar os "distúrbios".
"As ações do inimigo, como a propaganda, a tentativa de influenciar mentes, estimular a excitação, o fomento e até o ensino da fabricação de materiais incendiários, estão agora completamente claras", disse Khamenei na quarta-feira.
Os protestos deixaram dezenas de mortos e centenas de pessoas foram detidas.
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