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Interrupção de voos por vulcão islandês custa US$ 5 bi

As perdas líquidas nas despesas com os passageiros em espera atingiram US$ 1,6 bilhão

Pelo relatório, as Américas perderam US$ 957 milhões em uma semana de interrupção dos voos (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A interrupção nas viagens aéreas causada pela erupção do vulcão islandês Eyjafjallajokull custaram aproximadamente US$ 5 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) global. A conclusão está em um relatório liberado ontem durante a 10ª Global Travel & Tourism Summit, do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, em Pequim, na China.

O estudo, elaborado pela consultoria Oxford Economics, diz que os passageiros, as companhias aéreas e os destinos em si não foram os únicos prejudicados pelo recente bloqueio do espaço aéreo. "Os impactos foram severamente sentidos por viajantes, companhias aéreas e destinos. Porém, também foi notado por aqueles que dependem das mercadorias importadas e exportadas por fretamento aéreo e da produção e produtividade gerais", afirmou o presidente da Oxford Economics, Adrian Cooper.

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Na primeira semana após o vulcão expelir uma gigante nuvem de cinzas, o fechamento temporário do espaço aéreo europeu resultou na perda de US$ 4,7 bilhões do PIB global. Os cerca de 5 mil voos cancelados até 24 de maio acrescentaram 5% a esses números, conforme a consultoria.

O estudo relata que, entre 15 e 21 de abril, a redução de voos no espaço aéreo europeu foi de mais de 100 mil em comparação com a semana anterior, representando uma queda de 53% no movimento. As perdas líquidas no setor da aviação somaram US$ 2,2 bilhões, após serem contabilizados os adiamentos nas viagens.

As perdas líquidas nas despesas com os passageiros em espera atingiram US$ 1,6 bilhão. Com mais de sete milhões de passageiros e quase todas as viagens internacionais e regionais pela Europa afetadas, os maiores impactos econômicos foram sentidos em todo o mundo.

Pelo relatório, as Américas perderam US$ 957 milhões em uma semana de interrupção dos voos, a Ásia perdeu US$ 517 milhões e a Europa, US$ 2,632 bilhões. "Além dos efeitos diretos sobre as companhias aéreas e os destinos, os fornecedores do setor constataram perdas indiretas. Sem falar que a produção econômica foi reduzida", informou o relatório.

"Há também uma perda na produção causada por funcionários em espera e impossibilitados de trabalhar - cerca de US$ 490 milhões - e o comércio internacional sofreu um severo golpe, especialmente as produções just-in-time e as mercadorias perecíveis, tais como frutas exóticas e flores recém-colhidas", registrou o documento.

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