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Instituição sunita se retira da Constituinte egípcia

Para a Igreja, a Assembleia Constituinte não representa todos os setores da sociedade egípcia, entre eles as mulheres e os cristãos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h32.

Cairo - O Al-Azhar, a mais prestigiada instituição do islã sunita, com sede no Egito , anunciou nesta quinta-feira sua retirada da comissão encarregada de elaborar a nova Constituição egípcia por considerar que não está representada de modo adequado nela.

A decisão, similar à tomada pelos partidos liberais, foi divulgada após uma reunião no Cairo presidida pelo grande ímã da instituição religiosa, o xeque Ahmed al Tayyip.

Em comunicado recolhido pela agência oficial egípcia 'Mena', o Al-Azhar expressou 'sua reserva por não ter uma representação adequada', o que 'marginaliza seu papel em uma causa nacional transcendental como é a preparação do projeto da Constituição'.

O ex-mufti do Egito, Nasr Farid Wasel, e o intelectual islâmico Mohammed Emara foram os representantes de Al-Azhar escolhidos para fazer parte da Assembleia Constituinte.

A instituição religiosa destacou em sua nota 'seu protagonismo no debate de assuntos importantes para a sociedade e seus eventos políticos e sociais'.

Nesse sentido, lembrou que elaborou um documento em agosto do ano passado que contou com o apoio da maioria das correntes e que defende que o Egito seja um Estado civil e não religioso, aberto a todos os componentes da sociedade egípcia.

Por outro lado, a Igreja Copta emitiu um comunicado no qual criticou o sistema usado para escolher a comissão, formada por 100 membros, metade deles membros do Parlamento, que está controlado pelos grupos islamitas.

Para a Igreja, a Assembleia Constituinte não representa todos os setores da sociedade egípcia, entre eles as mulheres e os cristãos.

Ontem, a primeira sessão da assembleia foi boicotada por um quarto de seus 100 membros, entre eles integrantes de forças liberais como o partido Al Wafd e o representante do Tribunal Constitucional.

A sessão inaugural aconteceu em meio à polêmica sobre a formação de dita comissão, dominada pelo Partido Liberdade e Justiça (PLJ, braço dos Irmãos Muçulmanos) e o grupo salafista Al Nouri.

A redação da Carta Magna é um dos passos fundamentais no processo de transição iniciado no Egito, que deverá ser coroado com a eleição de um novo presidente da República, nas eleições convocadas para os próximos dias 23 e 24 de maio.

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Em comunicado recolhido pela agência oficial egípcia 'Mena', o Al-Azhar expressou 'sua reserva por não ter uma representação adequada', o que 'marginaliza seu papel em uma causa nacional transcendental como é a preparação do projeto da Constituição'.

O ex-mufti do Egito, Nasr Farid Wasel, e o intelectual islâmico Mohammed Emara foram os representantes de Al-Azhar escolhidos para fazer parte da Assembleia Constituinte.

A instituição religiosa destacou em sua nota 'seu protagonismo no debate de assuntos importantes para a sociedade e seus eventos políticos e sociais'.

Nesse sentido, lembrou que elaborou um documento em agosto do ano passado que contou com o apoio da maioria das correntes e que defende que o Egito seja um Estado civil e não religioso, aberto a todos os componentes da sociedade egípcia.

Por outro lado, a Igreja Copta emitiu um comunicado no qual criticou o sistema usado para escolher a comissão, formada por 100 membros, metade deles membros do Parlamento, que está controlado pelos grupos islamitas.

Para a Igreja, a Assembleia Constituinte não representa todos os setores da sociedade egípcia, entre eles as mulheres e os cristãos.

Ontem, a primeira sessão da assembleia foi boicotada por um quarto de seus 100 membros, entre eles integrantes de forças liberais como o partido Al Wafd e o representante do Tribunal Constitucional.

A sessão inaugural aconteceu em meio à polêmica sobre a formação de dita comissão, dominada pelo Partido Liberdade e Justiça (PLJ, braço dos Irmãos Muçulmanos) e o grupo salafista Al Nouri.

A redação da Carta Magna é um dos passos fundamentais no processo de transição iniciado no Egito, que deverá ser coroado com a eleição de um novo presidente da República, nas eleições convocadas para os próximos dias 23 e 24 de maio.

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