Benjamin Netanyahu: "nosso objetivo é restabelecer a segurança dos cidadãos de Israel" (Jim Hollander/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 11h16.
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta sexta-feira que seu governo decidiu ampliar a ofensiva em Gaza com uma incursão terrestre "depois de esgotar todas as opções" e responsabilizou o Hamas pelas vítimas provocadas pelo conflito.
"A operação foi decidida depois de aceitarmos a proposta do Egito para um cessar-fogo e uma trégua humanitária pedida pela ONU, mas o Hamas continuou disparando", afirmou Netanyahu durante reunião com o gabinete de segurança realizada no Ministério da Defesa, em Tel Aviv.
O chefe do Executivo israelense admitiu que o governo estava "consciente" de que o preço a pagar pela operação poderia ser "alto".
O exército israelense iniciou duas horas antes da meia-noite de ontem a fase terrestre da ofensiva militar Limite Protetor", com o objetivo de destruir a capacidade do Hamas e de outros grupos armados de disparar foguetes, assim como desmantelar o conjunto de túneis entre o território de Gaza e Israel.
Netanyahu ressaltou que nas últimas horas falou com vários líderes internacionais, explicou a difícil situação que Israel sofre e argumentou que o exército combate "com moderação contra uma organização terrorista assassina".
"Nosso objetivo é restabelecer a segurança dos cidadãos de Israel e devolver a calma ao país", afirmou.
Netanyahu disse também que pessoas não envolvidas no conflito não são um alvo.
"Combatemos unicamente contra os terroristas", disse o primeiro-ministro, que acusou as milícias de Gaza de utilizar a população civil como "escudo humano".
Pelo menos 19 palestinos e um soldado israelense morreram nas primeiras horas da incursão terrestre em Gaza, informaram fontes oficiais.
Com isso, o número de palestinos mortos na ofensiva militar chegou a 262, enquanto 2.000 pessoas ficaram feridas. Até o momento, dois israelenses morreram, um civil e um soldado.
A operação Limite Protetor começou em 8 de julho e é a terceira contra Gaza desde que em 2007 o Hamas assumiu o controle do território.