Iniciado julgamento contra cientistas por terremoto em L'Aquila
Especialistas são acusados de terem subestimado os riscos dos tremores que mataram 300 pessoas na Itália
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 19h43.
Roma - A justiça italiana iniciou nesta segunda-feira um julgamento contra sete pessoas, a maioria cientistas acusados de homicídio culposo por terem subestimado os riscos do terremoto que devastou, em abril de 2009, a cidade de L'Aquila, no centro da península.
Entre os acusados estão os membros da comissão "grandes riscos", que teriam se reunido em 31 de março de 2009, seis dias antes do terremoto que matou 300 pessoas nesta cidade, arrasou o centro histórico e deixou mais de 80.000 desabrigados.
Para a justiça, as autoridades científicas divulgaram informações tranquilizadoras à população, que, caso contrário, poderia ter tomado medidas para se proteger.
O ex-presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, professor Enzo Boschi, um dos maiores especialistas da Itália, está entre os acusados, ao lado de Claudio Eva, professor de Física da Universidade de Gênova.
"É um julgamento que se baseia em princípios frágeis, não se pode processar a ciência", afirmou à AFP Alfredo Biondi, advogado do professor Eva.
O advogado qualificou de "insensata" a acusação, pois denuncia os especialistas por "não terem previsto" o perigo e terem subestimado os dados.
"Espero que com o julgamento as autoridades mudem de mentalidade e informem melhor sobre os riscos", declarou Vincenzo Vittorini, médico da associação "309 Mártires", que perdeu a esposa e a filha no tremor.
Os acusados devem responder por "negligência e imprudência", por terem avaliado de forma "genérica, ineficaz e aproximativa" a atividade sísmica que antecedeu o grande terremoto.
Mais de 400 tremores sacudiram a região durante quatro meses, apesar disso as autoridades não tomaram medidas específicas e se limitaram a advertir que os terremotos não podem ser previstos.
A comissão recomendou o respeito às medidas antissísmicas e não foram lançadas campanhas para informar a população sobre como reagir em caso de terremoto.
O desmoronamento de importantes prédios públicos, como o da prefeitura de L'Aquila, o hospital e várias escolas, demonstrou que teriam sido edificados sem aplicar as normas antissísmicas.
Em 6 de abril de 2009 às 03H32 locais (23H32 de 5 de abril), um terremoto violento de magnitude 6,3 sacudiu L'Aquila, provocando a morte de 309 pessoas, além de destruir importantes monumentos medievais.
Roma - A justiça italiana iniciou nesta segunda-feira um julgamento contra sete pessoas, a maioria cientistas acusados de homicídio culposo por terem subestimado os riscos do terremoto que devastou, em abril de 2009, a cidade de L'Aquila, no centro da península.
Entre os acusados estão os membros da comissão "grandes riscos", que teriam se reunido em 31 de março de 2009, seis dias antes do terremoto que matou 300 pessoas nesta cidade, arrasou o centro histórico e deixou mais de 80.000 desabrigados.
Para a justiça, as autoridades científicas divulgaram informações tranquilizadoras à população, que, caso contrário, poderia ter tomado medidas para se proteger.
O ex-presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, professor Enzo Boschi, um dos maiores especialistas da Itália, está entre os acusados, ao lado de Claudio Eva, professor de Física da Universidade de Gênova.
"É um julgamento que se baseia em princípios frágeis, não se pode processar a ciência", afirmou à AFP Alfredo Biondi, advogado do professor Eva.
O advogado qualificou de "insensata" a acusação, pois denuncia os especialistas por "não terem previsto" o perigo e terem subestimado os dados.
"Espero que com o julgamento as autoridades mudem de mentalidade e informem melhor sobre os riscos", declarou Vincenzo Vittorini, médico da associação "309 Mártires", que perdeu a esposa e a filha no tremor.
Os acusados devem responder por "negligência e imprudência", por terem avaliado de forma "genérica, ineficaz e aproximativa" a atividade sísmica que antecedeu o grande terremoto.
Mais de 400 tremores sacudiram a região durante quatro meses, apesar disso as autoridades não tomaram medidas específicas e se limitaram a advertir que os terremotos não podem ser previstos.
A comissão recomendou o respeito às medidas antissísmicas e não foram lançadas campanhas para informar a população sobre como reagir em caso de terremoto.
O desmoronamento de importantes prédios públicos, como o da prefeitura de L'Aquila, o hospital e várias escolas, demonstrou que teriam sido edificados sem aplicar as normas antissísmicas.
Em 6 de abril de 2009 às 03H32 locais (23H32 de 5 de abril), um terremoto violento de magnitude 6,3 sacudiu L'Aquila, provocando a morte de 309 pessoas, além de destruir importantes monumentos medievais.