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Índios abandonam diálogo com governo sobre Belo Monte

Segundo as lideranças das comunidades à margem do Rio Xingu, indígenas vão procurar outra maneira de protestar contra a usina

índios da região do Xingu: de acordo com os residentes que serão afetados pela construção de Belo Monte, diálogo com o governo não funcionou

índios da região do Xingu: de acordo com os residentes que serão afetados pela construção de Belo Monte, diálogo com o governo não funcionou

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 12h36.

São Paulo - Cerca de 400 indígenas das margens do Rio Xingu decidiram ontem, em assembleia final do encontro Acampamento Terra Livre Regional em Altamira, no Pará, que não dialogarão mais com o governo federal quando o assunto for a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. "O governo só mente. Não há mais diálogo e agora temos de partir para a luta física", disse a liderança indígena Sheyla Juruna, de Altamira.

Juruna não quis falar que tipo de luta física, mas explicou que "o momento agora é de pensar direitinho como faremos para mostrar ao governo que estamos unidos cada vez mais e a única certeza é que somos contra a Belo Monte". O cacique Raoni Metuktire Kayapó disse que índios e ribeirinhos e pequenos agricultores precisam se unir cada vez mais. "Nossos ancestrais moravam aqui nesta região e temos de lutar por nossos direitos e dos nossos futuros descendentes."

O Acampamento Terra Livre foi realizado durante três dias em Altamira e o tema principal foi a Belo Monte. Considerada a principal obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a usina será construída no Rio Xingu (PA) e vai inundar uma área de 516 quilômetros quadrados. A capacidade de geração é de 11.233 megawatts. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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