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Incidentes ocorrem na China após destruição de mesquita

Os episódios de violência começaram quando a polícia destruiu uma nova mesquita cuja construção acabava de ser declarada ilegal

Muitos muçulmanos da China se queixam da repressão de suas liberdades religiosas
 (Go Takayama/AFP)

Muitos muçulmanos da China se queixam da repressão de suas liberdades religiosas (Go Takayama/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 08h02.

Pequim - Grandes confrontos ocorreram durante o fim de semana no nordeste da China entre manifestantes muçulmanos e forças de ordem que destruíam uma mesquita, anunciou nesta segunda-feira a polícia e um grupo de defensores dos direitos humanos.

A polícia informou sobre confrontos e detenções, assegurando que não houve nenhum morto.

Pelo contrário, o Centro de Informação para os direitos humanos e a democracia, cuja sede está em Hong Kong, indicou que duas pessoas foram mortas pelas forças de ordem.

Os episódios de violência começaram quando a polícia foi destruir uma nova mesquita cuja construção acabava de ser declarada ilegal pela localidade de Taoshan, explicou a organização.

Duas pessoas morreram e 50 ficaram feridas quando a polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo, atacou os manifestantes, segundo um fax da organização, que citou os moradores locais.

Centenas de muçulmanos enfrentaram cerca de mil policiais nesta localidade do Ningxia, região autônoma chinesa com uma grande população muçulmana, em particular da etnia Hui.

Contactado pela AFP, um policial do distrito de Hexi confirmou a violência e indicou que não havia mortos.

"Uma revolta" ocorreu no sábado à tarde quando a mesquita foi destruída, disse, "dois policiais e dois manifestantes ficaram feridos".

Vários manifestantes "foram detidos, mas ignoro o número", acrescentou.

Segundo o Centro de informação, membros da comunidade muçulmana da região de Ninxia e da província vizinha de Gansu contribuíram com fundos para a construção da mesquita de Taoshan.

Muitos muçulmanos da China nestas regiões e no Xinjiang vizinho se queixam da repressão de suas liberdades religiosas e culturais.

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