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Imprensa francesa vê candidatura de Strauss-Kahn à presidência como acabada

Até sábado, ele era considerado o candidato socialista com mais chances para tirar Nicolas Sarkozy do poder na França

O jornal conservador "Le Figaro" faz um perfil da "grandeza e decadência de um favorito", em relação ao homem que liderava todas as pesquisas presidenciais (Brian Harkin/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 07h55.

Paris - Os jornais franceses consideram acabada a corrida à presidência do país do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, após sua detenção por suposta agressão sexual nos Estados Unidos, enquanto a classe política pede prudência.

"DSK out", é a manchete do jornal "Libération", que em seu editorial diz que "a acusação a Strauss-Kahn abre uma brecha que afeta toda a classe política, a esquerda em plenário coração".

"Os socialistas perdem o único candidato que tinha (...) o favor das pesquisas", assegura o jornal, que considerava o diretor do FMI o líder de uma corrente que tinha gerado esperança entre os franceses e que "cai antes do início da campanha".

"Dominique Strauss-Kahn sabia que ele era seu inimigo mais perigoso", diz o "Libération", assegurando que sem sua presença deixa "um campo de ruínas" no Partido Socialista (PS) que, "mais do que nunca, precisa das primárias".

O conservador "Le Figaro" faz um perfil da "grandeza e decadência de um favorito", em relação ao homem que liderava todas as pesquisas nas presidenciais do próximo ano muito à frente do atual presidente, Nicolas Sarkozy.

O periódico assinala que seu desafio perante os tribunais americanos é "mais difícil de superar do que uma campanha eleitoral", porque os juízes serão "um público muito mais distorcido do que os eleitores franceses, que pareciam prontos para recebê-lo com tapete vermelho".

Para "Le Figaro", "uma eventual eliminação de Strauss-Kahn não é na verdade uma boa notícia para Sarkozy", porque no ambiente do presidente o consideravam um rival menos perigoso que François Hollande.

"Freada forte", titula o popular "Le Parisien", que diz que o retorno de Strauss-Kahn à política francesa "parece comprometido", por isso que analisa as opções dos outros concorrentes às primárias do Partido Socialista.

A maioria dos jornais acredita agora que o ex-líder do partido François Hollande aparece como o melhor situado para ser o candidato à Presidência.


Entre a classe política há prudência na hora de qualificar o assunto, embora os adversários dos socialistas destaquem o dano que representa este assunto para a imagem da França no mundo.

"Há um princípio de presunção de inocência que deve ser respeitado, sobretudo, em um caso tão grave", indicou na rádio "Europe 1" o patrono do partido conservador UMP, antes de acrescentar que "é preciso pensar também na imagem da França".

O líder ecologista, Cécile Duflot, por sua vez, pediu na emissora "BFM" que se respeite a presunção de inocência, mas "também que se leve em conta a justiça para a jovem que apresenta uma denúncia por fatos tão graves".

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Paris - Os jornais franceses consideram acabada a corrida à presidência do país do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, após sua detenção por suposta agressão sexual nos Estados Unidos, enquanto a classe política pede prudência.

"DSK out", é a manchete do jornal "Libération", que em seu editorial diz que "a acusação a Strauss-Kahn abre uma brecha que afeta toda a classe política, a esquerda em plenário coração".

"Os socialistas perdem o único candidato que tinha (...) o favor das pesquisas", assegura o jornal, que considerava o diretor do FMI o líder de uma corrente que tinha gerado esperança entre os franceses e que "cai antes do início da campanha".

"Dominique Strauss-Kahn sabia que ele era seu inimigo mais perigoso", diz o "Libération", assegurando que sem sua presença deixa "um campo de ruínas" no Partido Socialista (PS) que, "mais do que nunca, precisa das primárias".

O conservador "Le Figaro" faz um perfil da "grandeza e decadência de um favorito", em relação ao homem que liderava todas as pesquisas nas presidenciais do próximo ano muito à frente do atual presidente, Nicolas Sarkozy.

O periódico assinala que seu desafio perante os tribunais americanos é "mais difícil de superar do que uma campanha eleitoral", porque os juízes serão "um público muito mais distorcido do que os eleitores franceses, que pareciam prontos para recebê-lo com tapete vermelho".

Para "Le Figaro", "uma eventual eliminação de Strauss-Kahn não é na verdade uma boa notícia para Sarkozy", porque no ambiente do presidente o consideravam um rival menos perigoso que François Hollande.

"Freada forte", titula o popular "Le Parisien", que diz que o retorno de Strauss-Kahn à política francesa "parece comprometido", por isso que analisa as opções dos outros concorrentes às primárias do Partido Socialista.

A maioria dos jornais acredita agora que o ex-líder do partido François Hollande aparece como o melhor situado para ser o candidato à Presidência.


Entre a classe política há prudência na hora de qualificar o assunto, embora os adversários dos socialistas destaquem o dano que representa este assunto para a imagem da França no mundo.

"Há um princípio de presunção de inocência que deve ser respeitado, sobretudo, em um caso tão grave", indicou na rádio "Europe 1" o patrono do partido conservador UMP, antes de acrescentar que "é preciso pensar também na imagem da França".

O líder ecologista, Cécile Duflot, por sua vez, pediu na emissora "BFM" que se respeite a presunção de inocência, mas "também que se leve em conta a justiça para a jovem que apresenta uma denúncia por fatos tão graves".

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