Importante ex-espião é intimado por morte de Nisman
O ex-agente de inteligência argentino Antonio "Jaime" Stiuso foi intimado a depor como testemunha na investigação da morte do promotor
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 15h54.
Buenos Aires - O ex-agente de inteligência argentino Antonio "Jaime" Stiuso, conhecido como o espião mais poderoso do país, foi intimado a prestar depoimento nesta quinta-feira como testemunha na investigação da morte do promotor Alberto Nisman.
A intimação foi feita em função das indicações de que Stiuso falou por telefone com Nisman por 12 minutos na noite de sábado, véspera do dia 18 de janeiro, quando o promotor foi achado morto com um bala na cabeça.
Quatro dias antes de aparecer morto, Nisman acusou a presidente Cristina Kirchner , seu chanceler Héctor Timerman e assessores do governo do suposto acobertamento de ex-dirigentes iranianos no caso do atentado antissemita que em 1994 matou 85 pessoas.
Stiuso, cuja verdadeira idade, nome e assinatura são desconhecidos, ganhou fama de "intocável" graças a supostos documentos secretos com os quais conseguiu chantagear políticos e autoridades da Justiça do país.
Fez parte dos serviços secretos argentinos de 1972 a dezembro do ano passado, quando foi afastado por Kirchner.
Sua estreita relação com Nisman foi confirmada pela próprio promotor, advogados ligados ao caso do atentado contra o centro judaico AMIA e jornalistas investigativos que cobriram o ataque ocorrido quando Stiuso era chefe operativo da secretaria de Inteligência (SIDE).
No lugar de Stiuso, seu advogado Santiago Blanco Bermúdez foi quem compareceu ao gabinete da promotora Viviana Fein, que conduz o caso da morte de Nisman.
O advogado sustentou que seu cliente está "disposto a depor", mas sem revelar o seu rosto e com uma autorização prévia para revelar os segredos que, como um ex-membro dos serviços de inteligência, é obrigado a guardar.
Pouco depois de saber das condições impostas por Stiuso, o novo chefe da secretaria de Inteligência, Oscar Parrilli, anunciou que por ordem da presidente Kirchner autoriza Stiuso a revelar os segredos guardados desde antes da ditadura (1976-1983).
"A presidente quer que revele tudo", disse Parrilli no Congresso, onde um projeto de lei é discutido para dissolver essa secretaria, alvo histórico de críticas do governo e da oposição que aumentaram após a morte de Nisman.
Segundo Gerardo Young, jornalista e escritor do livro "SIDE. La Argentina Secreta", indicou nesta quinta à televisão que Stiuso "tem 61 anos e 40 anos de serviço", e que investigou desde casos de narcotráfico até o atentado à AMIA e a bomba na embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou 29 mortos em 1992.
Buenos Aires - O ex-agente de inteligência argentino Antonio "Jaime" Stiuso, conhecido como o espião mais poderoso do país, foi intimado a prestar depoimento nesta quinta-feira como testemunha na investigação da morte do promotor Alberto Nisman.
A intimação foi feita em função das indicações de que Stiuso falou por telefone com Nisman por 12 minutos na noite de sábado, véspera do dia 18 de janeiro, quando o promotor foi achado morto com um bala na cabeça.
Quatro dias antes de aparecer morto, Nisman acusou a presidente Cristina Kirchner , seu chanceler Héctor Timerman e assessores do governo do suposto acobertamento de ex-dirigentes iranianos no caso do atentado antissemita que em 1994 matou 85 pessoas.
Stiuso, cuja verdadeira idade, nome e assinatura são desconhecidos, ganhou fama de "intocável" graças a supostos documentos secretos com os quais conseguiu chantagear políticos e autoridades da Justiça do país.
Fez parte dos serviços secretos argentinos de 1972 a dezembro do ano passado, quando foi afastado por Kirchner.
Sua estreita relação com Nisman foi confirmada pela próprio promotor, advogados ligados ao caso do atentado contra o centro judaico AMIA e jornalistas investigativos que cobriram o ataque ocorrido quando Stiuso era chefe operativo da secretaria de Inteligência (SIDE).
No lugar de Stiuso, seu advogado Santiago Blanco Bermúdez foi quem compareceu ao gabinete da promotora Viviana Fein, que conduz o caso da morte de Nisman.
O advogado sustentou que seu cliente está "disposto a depor", mas sem revelar o seu rosto e com uma autorização prévia para revelar os segredos que, como um ex-membro dos serviços de inteligência, é obrigado a guardar.
Pouco depois de saber das condições impostas por Stiuso, o novo chefe da secretaria de Inteligência, Oscar Parrilli, anunciou que por ordem da presidente Kirchner autoriza Stiuso a revelar os segredos guardados desde antes da ditadura (1976-1983).
"A presidente quer que revele tudo", disse Parrilli no Congresso, onde um projeto de lei é discutido para dissolver essa secretaria, alvo histórico de críticas do governo e da oposição que aumentaram após a morte de Nisman.
Segundo Gerardo Young, jornalista e escritor do livro "SIDE. La Argentina Secreta", indicou nesta quinta à televisão que Stiuso "tem 61 anos e 40 anos de serviço", e que investigou desde casos de narcotráfico até o atentado à AMIA e a bomba na embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou 29 mortos em 1992.