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Importação de gasolina sobe 36% em janeiro

As importações de gasolina se aceleraram em 2011 após uma forte quebra de safra de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil

Analistas do Santander acreditam que a São Martinho deve ser mais prejudicada por intervenções do governo do que a Cosan (SXC.Hu)

Analistas do Santander acreditam que a São Martinho deve ser mais prejudicada por intervenções do governo do que a Cosan (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 18h33.

São Paulo - A Petrobras registrou uma alta de 36% nas importações de gasolina em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, disse nesta segunda-feira o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. O executivo, que participou da cerimônia de posse da nova presidente da estatal, Maria das Graças Foster, não forneceu valores absolutos da importação em janeiro nem deu comparações com dezembro, quando a estatal chegou a importar volumes diários recordes de 100 mil barris.

Ele ainda estimou a importação de gasolina em 2012 em níveis semelhantes aos de 2011, quando somaram cerca de 45 mil barris por dia. As compras externas de combustíveis pesaram nos resultados da Petrobras no ano passado. As importações de gasolina se aceleraram em 2011 após uma forte quebra de safra de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil, principal região produtora de etanol, combustível que tem forte participação na matriz, mas que muitos motoristas deixaram de usar pelos preços pouco competitivos frente à gasolina, cujo valor é controlado pela Petrobras.

Queda do diesel

O diretor prevê queda nas compras externas de diesel, que atingiram 150 mil barris/dia no ano passado. Ele não forneceu dados comparativos. Disse que a Petrobras conseguirá isso com adaptações nas refinarias, visando aumentar a produção de gasolina e diesel para aliviar as importações.


O objetivo é ter também menos paradas para manutenção, segundo o diretor. A maior contribuição para o incremento de produção será dada pela Refinaria do Paraná (Repar), acrescentou. Ele disse que as novas refinarias que estão sendo construídas deverão colaborar para atender a demanda crescente do país, que tem aumentado acima do Produto Interno Bruto (PIB). "As refinarias novas, com essa nova previsão de demanda, são só pra atender ao mercado interno", declarou.

PDVSA

Costa disse que a Petrobras ainda está elaborando resposta à carta da PDVSA que informou que a companhia venezuelana não havia chegado a um acordo sobre empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para entrar como sócia da estatal brasileira em uma refinaria em Pernambuco.
Questionado se existiria um novo prazo para a PDVSA efetivar a sua condição de sócia na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que tem previsão de operar no próximo ano, ele considerou a possibilidade de isso ocorrer até o início da operação da unidade. "Ainda não mandamos a carta, vou levar à apreciação da presidenta (Graças Foster), eu não posso falar sobre o conteúdo da resposta. Pode entrar como sócia até o início da refinaria operar", declarou.

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