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Império de Slim enfrenta dura regulação no México

Cidade do México - O magnata mexicano Carlos Slim consolidou seu império de telecomunicações para criar uma gigante na América Latina, mas no mercado doméstico, o México, os reguladores estão proibindo que ele ofereça serviço de TV por assinatura, vital para prevenir a fuga de clientes para rivais. A operadora fixa de Slim no México, […]

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2010 às 20h21.

Cidade do México - O magnata mexicano Carlos Slim consolidou seu império de telecomunicações para criar uma gigante na América Latina, mas no mercado doméstico, o México, os reguladores estão proibindo que ele ofereça serviço de TV por assinatura, vital para prevenir a fuga de clientes para rivais.

A operadora fixa de Slim no México, Telmex, vem perdendo espaço há tempos, e reguladores no México, onde as companhias de Slim representam quase toda a indústria de telecomunicações, tem recusado permitir que ele ofereça serviços de TV paga.

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"A oferta de TV é muito importante para a Telmex, porque sem isso a empresa perde competitividade", disse o analista Andres Coello, do BBVA. "Se a Telmex não melhorar, vai se tornar um fardo no novo conglomerado América Móvil."

O governo mexicano quer que a Telmex reduza as tarifas que cobra de outras operadoras para que usem sua rede antes de permitir que Slim ingresse no mercado de TV por assinatura.

No começo deste mês, a América Móvil de Slim adquiriu quase toda a Telmex Internacional e a Telmex mexicana --ambas que já tinham o controle nas mãos do magnata.

A aliança criou uma gigante regional com habilidade para oferecer pacotes integrados de serviços de telefonia fixa e móvel em vários países da América do Sul, além de permitir a economia de milhões de dólares com um plano de investimento único.

Slim tem dito que não vai empacotar produtos da América Móvil e da Telmex no México, uma decisão possivelmente com o objetivo de evitar a ira de reguladores.

A oferta combinada de serviços é importante para Slim competir com a espanhola Telefónica, que tem presença expressiva na América Latina.

No México, onde Slim é visto por alguns como um monopolista que fez fortuna ao elevar as tarifas de serviços de telefonia, representantes do governo vêm tentando por anos ampliar a concorrência no mercado de telecomunicações.

"Um plano de tarifas de interconexões que seja balanceado, justo e de tratamento igualitário a todas as operadoras é condição indispensável para pensar em uma mudança na concessão da Telmex (para incluir serviços de TV por assinatura)", disse na semana passada o responsável pela agência reguladora de telecomunicações no México, Cofetel, Hector Osuna, que está deixando o posto.

Enquanto isso, rivais de Slim estão ampliando suas linhas de produto.

A rede Televisa, principal empresa de TV a cabo do México, já oferece pacotes que incluem televisão, Internet e telefone.

Apesar de ter perdido terreno, a Telmex ainda responde por 80 por cento das linhas de telefonia fixa do México. A América Móvel, que agora controla a Telmex, tem 70 por cento dos assinantes de celulares no país.

Slim é controlador da Embratel e da Claro no Brasil. Além disso, o grupo do bilionário mexicano tem participação relevante na empresa de TV por assinatura Net no mercado brasileiro.

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