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Imperador Naruhito ascende ao trono do Japão e inicia nova era

O ex-imperador Akihito e a imperatriz Michiko saíram de cena depois de três décadas na terça-feira, em uma cerimônia breve e simples

Naruhito: ele disse que se sente solene ao pensar no fardo que recebe (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Naruhito: ele disse que se sente solene ao pensar no fardo que recebe (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de maio de 2019 às 13h54.

Tóquio - O imperador japonês Naruhito assumiu formalmente o cargo nesta quarta-feira, um dia depois da abdicação de seu pai, dizendo estar tomado por um "sentimento de solenidade", e prometendo trabalhar como um símbolo da nação e da unidade de seu povo.

O ex-imperador Akihito e a imperatriz Michiko saíram de cena depois de três décadas na terça-feira, em uma cerimônia breve e simples na qual Akihito agradeceu ao povo do Japão e disse que pede paz em suas preces.

Naruhito, de 59 anos, sucedeu tecnicamente seu pai após a meia-noite de terça-feira, mas sua ascensão ao Trono de Crisântemo foi formalizada em uma cerimônia realizada no meio da manhã, a primeira parte da qual sua esposa e outras mulheres da realeza não puderam assistir.

Naruhito, o primeiro imperador nascido após a Segunda Guerra Mundial e o primeiro a ser criado unicamente pelos pais, expressou gratidão pelo trabalho deles e disse que se sente solene ao pensar no fardo que recebe.

"Prometo que sempre pensarei no povo e, ao mesmo tempo em que me aproximo dele, cumprirei minhas funções como um símbolo do Estado japonês e da unidade do povo japonês, de acordo com a Constituição", disse Naruhito, que vestia uma casaca e várias medalhas grandes, com um sorriso contido.

"Anseio sinceramente pela felicidade do povo e pelo progresso futuro do país, e pela paz mundial", disse ele no Salão do Pinheiro do Palácio Imperial.

Na primeira etapa da cerimônia, camareiros imperiais levaram os selos do Estado e do Conselho ao salão, além de dois dos "Três Tesouros Sagrados" do Japão - uma espada e uma joia - que, juntamente com um espelho, são símbolos do trono e, segundo a lenda, têm origem na mitologia antiga.

Naruhito foi flanqueado pelo irmão e príncipe herdeiro, Akishino, durante a cerimônia, que durou cerca de cinco minutos.

Sua esposa, a imperatriz Masako, não estava no recinto, de acordo com costumes que proíbem a presença de mulheres da realeza, mas pela primeira vez uma mulher assistiu ao acontecimento - Satsuki Katayama, que participava como membro do gabinete do primeiro-ministro, Shinzo Abe.

Masako, que usava um vestido branco até o chão e uma tiara, entrou no recinto para a segunda parte da cerimônia com as outras mulheres adultas da realeza.

Abe disse que o Japão se inspira no imperador.

"Estamos determinados a criar, em meio ao ambiente internacional que muda rapidamente, um futuro brilhante para um Japão orgulhoso que é pacífico e cheio de orgulho", afirmou.

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