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Impasse em acordo divide países ricos

EUA diz que não aceitarão usar Protocolo de Kyoto como base para nova proposta de redução de gases poluentes

Secretária do Estado norte-americana aplaude discurso de Todd Stern, assessor para assuntos climáticos da Casa Branca (.)

Secretária do Estado norte-americana aplaude discurso de Todd Stern, assessor para assuntos climáticos da Casa Branca (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Os impasses entre as nações ricas tornaram-se públicos ontem, no terceiro dia da 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em Copenhague. A União Europeia (UE) condicionou a sua presença no acordo que deve entrar em vigor após 2013 à entrada dos Estados Unidos, do Japão e de outros países industrializados.

Em resposta, Todd Stern, assessor para assuntos climáticos da Casa Branca, descartou a hipótese de que os termos de Kyoto sirvam de base para o novo protocolo, com a participação dos EUA. Stern admitiu que elementos do atual acordo, como o mercado de carbono, podem ser aceitos. Mas nada além disso. "Se estamos falando em pôr outro nome no Protocolo de Kyoto, não vamos aceitar."

Em público, Anders Turesson, negociador-chefe da Suécia, país que preside a UE, não descartou que o bloco abandone o Protocolo de Kyoto em favor de outro acordo climático, ainda inexistente. "O essencial é manter o sistema de Kyoto, sua arquitetura", argumentou. Minutos depois, na mesma sala, Todd Stern - principal assessor do presidente Barack Obama para assuntos climáticos - foi taxativo: "Não vamos fazer parte de Kyoto. Essa proposta não está sobre a mesa."

Os EUA e a China também pressionaram um ao outro. O negociador chinês, Su Wei, classificou de insuficiente a proposta dos EUA de cortarem em 17% as emissões de CO2 até 2020 e pediu uma meta mais ambiciosa.

O governo norte-americano também exigiu compromisso e afirmou que os EUA não transferirão recursos para a China. "Não há nenhuma chance. Queremos direcionar os nossos dólares para os países mais pobres. A China tem uma economia dinâmica, está sentada em uma reserva de US$ 2 bilhões. Não creio que seja a primeira candidata para receber recursos públicos", disse Stern. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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