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Igualdade de gênero é vital para desenvolvimento, diz Cepal

Um estudo da Cepal de 2015 mostra que apenas três das 72 grandes empresas da região tinham uma mulher como diretora-geral, ou presidente

Igualdade: "Acreditamos que o desenvolvimento sustentável sem igualdade de gênero não é desenvolvimento, nem é sustentável" (Fuse/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 07h21.

Conquistar a igualdade de gênero é vital para que a América Latina alcance um desenvolvimento econômico sustentável e somente superando a divisão por sexo no mercado de trabalho se poderá obter essa igualdade - advertiram especialistas da Cepal , nesta terça-feira.

"Acreditamos que o desenvolvimento sustentável sem igualdade de gênero não é desenvolvimento, nem é sustentável", afirmou o secretário executivo adjunto da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Antonio Prado.

Embora nas últimas décadas a situação das mulheres da região tenha avançado e, em alguns casos, superado os níveis de educação formal dos homens, ainda é palpável "o desnível existente entre educação e trabalho", disse à AFP a diretora da Divisão de Assuntos de Gênero da Cepal, Nieves Rico.

"O mercado prefere discriminar a incluir, ainda que isso signifique perder as pessoas mais capacitadas da sociedade no mundo de hoje", acrescentou.

Um estudo da Cepal de 2015 mostra que apenas três das 72 grandes empresas da região tinham uma mulher como diretora-geral, ou presidente, o que representa 4,2% do total.

Romper preconceitos

A inauguração do evento contou com a presença da presidente chilena, Michelle Bachelet, que fez um apelo pela inovação nas estratégias de ação pública e pelo reforço na cooperação internacional para alcançar a igualdade entre homens e mulheres.

Ela advertiu que "a injustiça tem fortalezas difíceis de derrubar (…) que persistem, profundamente, arraigadas na cultura de todo povo, camufladas nas tradições, nos preconceitos, como uma corrente inconsciente que oprime o desenvolvimento e a liberdade das mulheres".

A ministra da Mulher da República Dominicana, Alejandrina Germán, disse à AFP que a desigualdade de gênero "é reflexo, consequência do que acontece no plano cultural".

"Até conseguirmos armar um sistema de valores diferentes, não vamos erradicar a desigualdade", sentenciou.

A elaboração de sistemas de cuidado do setor público e do privado e a participação ativa do homem ao lado da mulher são necessários para que a igualdade no mercado de trabalho e, com isso, a autonomia econômica das mulheres seja uma realidade, concordaram os especialistas.

A reunião começou nesta terça e segue até quinta-feira. É preparatória para a XIII Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, que será realizada no Uruguai, em outubro.

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Conquistar a igualdade de gênero é vital para que a América Latina alcance um desenvolvimento econômico sustentável e somente superando a divisão por sexo no mercado de trabalho se poderá obter essa igualdade - advertiram especialistas da Cepal , nesta terça-feira.

"Acreditamos que o desenvolvimento sustentável sem igualdade de gênero não é desenvolvimento, nem é sustentável", afirmou o secretário executivo adjunto da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Antonio Prado.

Embora nas últimas décadas a situação das mulheres da região tenha avançado e, em alguns casos, superado os níveis de educação formal dos homens, ainda é palpável "o desnível existente entre educação e trabalho", disse à AFP a diretora da Divisão de Assuntos de Gênero da Cepal, Nieves Rico.

"O mercado prefere discriminar a incluir, ainda que isso signifique perder as pessoas mais capacitadas da sociedade no mundo de hoje", acrescentou.

Um estudo da Cepal de 2015 mostra que apenas três das 72 grandes empresas da região tinham uma mulher como diretora-geral, ou presidente, o que representa 4,2% do total.

Romper preconceitos

A inauguração do evento contou com a presença da presidente chilena, Michelle Bachelet, que fez um apelo pela inovação nas estratégias de ação pública e pelo reforço na cooperação internacional para alcançar a igualdade entre homens e mulheres.

Ela advertiu que "a injustiça tem fortalezas difíceis de derrubar (…) que persistem, profundamente, arraigadas na cultura de todo povo, camufladas nas tradições, nos preconceitos, como uma corrente inconsciente que oprime o desenvolvimento e a liberdade das mulheres".

A ministra da Mulher da República Dominicana, Alejandrina Germán, disse à AFP que a desigualdade de gênero "é reflexo, consequência do que acontece no plano cultural".

"Até conseguirmos armar um sistema de valores diferentes, não vamos erradicar a desigualdade", sentenciou.

A elaboração de sistemas de cuidado do setor público e do privado e a participação ativa do homem ao lado da mulher são necessários para que a igualdade no mercado de trabalho e, com isso, a autonomia econômica das mulheres seja uma realidade, concordaram os especialistas.

A reunião começou nesta terça e segue até quinta-feira. É preparatória para a XIII Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, que será realizada no Uruguai, em outubro.

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