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Igreja anglicana da Inglaterra autorizará bispos homossexuais

Em um documento, a instituição insiste no fato de que a orientação sexual não deve ser levado em consideração na promoção de um clérigo ao cargo de bispo

A igreja teve que se explicar depois que Jeffrey John, sacerdote solteiro e homossexual casado com outro religioso, foi obrigado a renunciar ao arcebispado (Graeme Robertson/Getty Images)

A igreja teve que se explicar depois que Jeffrey John, sacerdote solteiro e homossexual casado com outro religioso, foi obrigado a renunciar ao arcebispado (Graeme Robertson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 15h06.

Londres - A Igreja anglicana da Inglaterra se prepara para autorizar que sacerdotes homossexuais sejam ordenados bispos, segundo um documento que deve ser publicado nesta segunda-feira para traçar as diretrizes do próximo sínodo da Igreja em julho.

O documento, que tem como título "Escolher bispos, a lei sobre a igualdade de 2010", insiste no fato de que a orientação sexual não deve ser levado em consideração na promoção de um clérigo ao cargo de bispo.

Mas o texto recomenda que a hierarquia da Igreja tenha a possibilidade de bloquear uma nomeação caso esta "provoque divisão e desunião na diocese" envolvida.

A Igreja anglicana teve que explicar sua posição sobre a ordenação de bispos homossexuais depois que Jeffrey John, sacerdote solteiro e homossexual casado com outro religioso, foi obrigado a renunciar ao arcebispado de Reading em 2003.

A Igreja voltou a retirar em julho de 2010 a candidatura de Jeffrey John ao cargo de bispo da diocese londrina de Southwark.

Jeffrey John, superior de St Albans, estabeleceu uma união civil com outro sacerdote, mas garantiu que vivia em celibato.

Em setembro do ano passado, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, líder dos anglicanos, afirmou que não havia problemas com o fato de um bispo ser homossexual desde que permanecesse celibatário.

A ordenação de mulheres e de bispos homossexuais na Igreja da Inglaterra divide profundamente os anglicanos.

Muitos líderes e fieis anglicanos, em particular na África, criticam tais possibilidades.

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