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IEA vê petróleo em US$ 100/barril nos próximos 10 anos

No último ano, o barril ficou nos maiores patamares históricos de preço, ainda que tenha apresentado estabilidade

2 - Estados Unidos (Getty Images)

2 - Estados Unidos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 13h48.

Rio - A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) trabalha com a perspectiva de que o barril do petróleo permaneça em um patamar elevado nos próximos dez anos, na casa de US$ 100. No último ano, o barril ficou nos maiores patamares históricos de preço, ainda que tenha apresentado estabilidade. Além do aumento do consumo, a agência prevê uma alta no custo de produção de petróleo, inclusive no Brasil. As informações foram prestadas pelo economista-chefe da instituição, Fatih Birol, após participar nesta terça-feira de seminário na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

A expectativa é de que o Brasil esteja no grupo dos grandes produtores até 2035, quando deverá atingir produção diária de 5,7 milhões de barris e se posicionar entre os países que mais contribuem para o aumento da oferta mundial.

Segundo o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Helder Queiroz, que também participou do seminário, a expectativa é de que o Brasil e o Iraque respondam por 75% do acréscimo de produção mundial nos próximos 20 anos. Por isso, o Brasil merecerá um relatório especial da IEA em 2013, a ser lançado em meados de novembro.

Para que a indústria petroleira no Brasil avance, no entanto, será necessário um investimento anual de US$ 50 bilhões. Para Birol, da IEA, o grande desafio do País será garantir a fonte de recursos e financiamentos necessários ao incremento da produção de petróleo e gás.

O mesmo vale para o setor de energia elétrica. Ao comentar o pacote do governo de redução tarifária, o economista da IEA disse que a equipe econômica deverá buscar um meio termo que garanta a queda de preço da energia, mas também a remuneração necessária para que as elétricas continuem investindo. Ele destacou ainda a necessidade de complementação da matriz energética brasileira, da produção hidrelétrica combinada com a térmica.

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