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Hungria responsabiliza Bruxelas pela crise de refugiados

hegamos até o ponto em que as pessoas morrem pela política irresponsável de Bruxelas", diz uma resolução parlamentar


	Refugiados cruzam arame farpado na Hungria: texto fala que situação é consequência de declarações de "irresponsáveis políticos europeus" que encorajam refugiados a "se dirigir para a Europa"
 (Reuters / Laszlo Balogh)

Refugiados cruzam arame farpado na Hungria: texto fala que situação é consequência de declarações de "irresponsáveis políticos europeus" que encorajam refugiados a "se dirigir para a Europa" (Reuters / Laszlo Balogh)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 10h21.

Budapeste - O parlamento da Hungria atribuiu nesta terça-feira "as políticas irresponsáveis" da União Europeia (UE) à crise migratória vivida no continente e exigiu que as fronteiras do bloco sejam defendidas "com todos os meios possíveis".

"A responsabilidade pela situação é da União Europeia. Chegamos até o ponto em que as pessoas morrem pela política irresponsável de Bruxelas", diz uma resolução parlamentar adotada hoje pela maioria do governante partido conservador nacionalista Fidesz.

O texto parecia fazer referência aos 71 refugiados que morreram asfixiados em um caminhão encontrado na Áustria no final de agosto.

A resolução diz também que a Hungria "tem direito de proteger sua cultura, língua e valores".

Por outro lado, destaca que o fluxo migratório é consequência das declarações daqueles "irresponsáveis políticos europeus" que encorajam os refugiados a "se dirigir para a Europa, prometendo a esperança de uma vida melhor".

O texto termina pedindo que o governo assegure os fundos monetários e o marco legal para que o país possa defender suas fronteiras com o uso de todos os meios possíveis.

Neste ano, as autoridades húngaras interceptaram mais de 220 mil refugiados provenientes de países em conflito do Oriente Médio, pelo cruzamento ilegal da fronteira.

Apesar de dezenas de milhares pedirem asilo na Hungria, quase não restam refugiados no país centro-europeu, já que quase todos seguiram para a Alemanha.

A Hungria rejeita desde o início a proposta da Comissão Europeia de repartir os refugiados entre os países comunitários segundo cotas, um assunto que está sendo tratado hoje pelos ministros de Interior em Bruxelas.

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