Hungria pede a Alemanha que esclareça situação de refugiados
O Executivo húngaro defendeu sua política linha dura contra a chegada em massa de refugiados, pela qual levantou uma cerca na fronteira com a Sérvia
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2015 às 13h35.
Budapeste - A Hungria criticou a Alemanha nesta segunda-feira, por criar "confusão" sobre a situação jurídica dos refugiados, e pediu esclarecimentos a respeito, além de defender sua política de imigração, que inclui a construção de uma cerca na fronteira para impedir a passagem de migrantes.
Em comunicado, o governo húngaro do conservador Viktor Orbán se referiu à maior flexibilidade da política alemã de asilo, em alusão à decisão de Berlim de não devolver imediatamente os refugiados sírios que tenham entrado na União Europeia examinar seus pedidos de asilo.
O país acredita que isso só gera esperança e confusão, e pediu à Alemanha que "esclareça a situação jurídica" a respeito, acrescentou a nota.
O Executivo húngaro defendeu sua política linha dura contra a chegada em massa de refugiados, pela qual levantou uma cerca na fronteira com a Sérvia, medida muito criticada por outros membros da União Europeia (UE).
Além disso, está a ponto de aprovar no parlamento leis que punem o cruzamento ilegal da fronteira com penas de até três anos de prisão e de até cinco se a pessoa danificar a cerca.
O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, ontem criticou duramente o governo húngaro e disse que a construção da cerca representa uma falta de respeito aos valores europeus.
O governo húngaro reagiu convocando hoje o embaixador francês ao Ministério das Relações Exteriores em Budapeste para pedir explicações.
"A crítica dirigida à Hungria sobre o descumprimento de suas obrigações é inexplicável", rebateu em comunicado.
O governo húngaro advertiu que, se não colocar ordem na defesa das fronteiras, "a imigração ilegal - incluídos os refugiados - será completamente incontrolável".
"A Hungria não está só protegendo suas próprias fronteiras, mas também as fronteiras exteriores da UE, assim como as de (a zona de livre circulação europeia de) Schengen, uma responsabilidade de todos os Estados-membros", continuou a nota.
Por outra parte, lembrou que desde ontem à noite a Áustria controla todos os veículos que poderiam ser utilizados no tráfico ilegal de pessoas, o que para a Hungria revela que "nenhum país europeu permitirá a chegada sem controle em seu território de imigrantes ilegais".
A frase fazia referência ao fato de as autoridades austríacas, quando interceptam um veículo com refugiados que cruzaram a fronteira pela Hungria, costumar devolvê-los ao país vizinho.
No entanto, hoje tudo indica que foram tomadas medidas excepcionais diante das várias centenas de refugiados que embarcaram em trens para Áustria e Alemanha desde Budapeste.
Uma fonte policial informou à Efe que um dos trens foi retido na fronteira, onde as autoridades austríacas permitem a passagem de todos aqueles que não tenham ainda iniciado o trâmite de solicitação de asilo na Hungria.
Budapeste - A Hungria criticou a Alemanha nesta segunda-feira, por criar "confusão" sobre a situação jurídica dos refugiados, e pediu esclarecimentos a respeito, além de defender sua política de imigração, que inclui a construção de uma cerca na fronteira para impedir a passagem de migrantes.
Em comunicado, o governo húngaro do conservador Viktor Orbán se referiu à maior flexibilidade da política alemã de asilo, em alusão à decisão de Berlim de não devolver imediatamente os refugiados sírios que tenham entrado na União Europeia examinar seus pedidos de asilo.
O país acredita que isso só gera esperança e confusão, e pediu à Alemanha que "esclareça a situação jurídica" a respeito, acrescentou a nota.
O Executivo húngaro defendeu sua política linha dura contra a chegada em massa de refugiados, pela qual levantou uma cerca na fronteira com a Sérvia, medida muito criticada por outros membros da União Europeia (UE).
Além disso, está a ponto de aprovar no parlamento leis que punem o cruzamento ilegal da fronteira com penas de até três anos de prisão e de até cinco se a pessoa danificar a cerca.
O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, ontem criticou duramente o governo húngaro e disse que a construção da cerca representa uma falta de respeito aos valores europeus.
O governo húngaro reagiu convocando hoje o embaixador francês ao Ministério das Relações Exteriores em Budapeste para pedir explicações.
"A crítica dirigida à Hungria sobre o descumprimento de suas obrigações é inexplicável", rebateu em comunicado.
O governo húngaro advertiu que, se não colocar ordem na defesa das fronteiras, "a imigração ilegal - incluídos os refugiados - será completamente incontrolável".
"A Hungria não está só protegendo suas próprias fronteiras, mas também as fronteiras exteriores da UE, assim como as de (a zona de livre circulação europeia de) Schengen, uma responsabilidade de todos os Estados-membros", continuou a nota.
Por outra parte, lembrou que desde ontem à noite a Áustria controla todos os veículos que poderiam ser utilizados no tráfico ilegal de pessoas, o que para a Hungria revela que "nenhum país europeu permitirá a chegada sem controle em seu território de imigrantes ilegais".
A frase fazia referência ao fato de as autoridades austríacas, quando interceptam um veículo com refugiados que cruzaram a fronteira pela Hungria, costumar devolvê-los ao país vizinho.
No entanto, hoje tudo indica que foram tomadas medidas excepcionais diante das várias centenas de refugiados que embarcaram em trens para Áustria e Alemanha desde Budapeste.
Uma fonte policial informou à Efe que um dos trens foi retido na fronteira, onde as autoridades austríacas permitem a passagem de todos aqueles que não tenham ainda iniciado o trâmite de solicitação de asilo na Hungria.