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Human Rights Watch divulga abuso de crianças atletas no Japão

Relatório documentou experiências de mais de 800 atletas em 50 esportes;

O relatório é divulgado na semana que teria marcado o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio (Alkis Konstantinidis/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de julho de 2020 às 21h39.

Última atualização em 20 de julho de 2020 às 22h20.

Um relatório da Human Rights Watch mostra que crianças atletas do Japão frequentemente sofrem abuso físico e verbal, e às vezes abuso sexual, durante treinamento, depois de documentar experiências de mais de 800 atletas em 50 esportes.

O relatório de 67 páginas divulgado nesta segunda-feira (20), e intitulado "I Was Hit So Many Times I Can't Count" (Fui atingido tantas vezes que não posso contar), analisa a história japonesa de punições físicas no esporte e inclui relatos em primeira mão de atletas.

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O relatório é divulgado na semana que teria marcado o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio caso o evento não fosse adiado por causa da pandemia global de coronavírus . Os Jogos foram adiados em um ano.

"Os abusos específicos que documentamos incluem socos, tapas, chutes ou golpes com objetos [e] comida e água em excesso ou insuficiente", disse Minky Worden, diretora de iniciativas globais da Human Rights Watch (HRW), em entrevista coletiva.

Em 2013, o Comitê Olímpico Japonês prometeu tomar medidas para acabar com a violência entre suas federações esportivas após uma pesquisa interna revelar que mais de 10% de seus atletas foram vítimas de bullying ou assédio.

Também cortou financiamento para sua federação de judô por algum tempo após descoberta de que treinadores abusavam fisicamente de atletas do sexo feminino.

A HRW disse que não foi feito o suficiente desde então, e pediu que organizações como o Conselho de Esportes do Japão e o comitê olímpico nacional usem a próxima Olimpíada como um catalisador de mudanças. A entidade afirmou que o abuso infantil no esporte é um problema global e que os sistemas de denúncia são obscuros, sem resposta e inadequados. O comitê não respondeu aos pedidos de comentários.

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