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HRW soa alarme sobre papel da Chechênia na Copa

Grupos de direitos humanos alegam que autoridades da Chechênia repreendem adversários políticos, discriminam mulheres e perseguem minorias sexuais

Copa: a Fifa informou que a seleção do Egito irá usar a capital chechena, Grozny, como base entre partidas (Twitter/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 21h58.

Moscou/Cairo - A organização internacional Human Rights Watch informou que a Fifa precisa atacar abusos de direitos humanos na região russa da Chechênia agora que uma das equipes para a Copa do Mundo deste ano, na Rússia, escolheu a Chechênia como local de sua base de treinamentos.

Grupos de direitos humanos e governos ocidentais alegam que autoridades da Chechênia repreendem seus adversários políticos, discriminam mulheres e perseguem minorias sexuais. Líderes da Chechênia negam todas as acusações.

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A região não irá receber partidas da Copa do Mundo, mas a Fifa informou que a seleção do Egito irá usar a capital chechena, Grozny, como base entre partidas.

"Isto subitamente torna a Chechênia, que não estava na lista de regiões da Copa do Mundo da Rússia, um dos locais da Copa do Mundo", disse Tatyana Lokshina, diretora do programa para Rússia da Human Rights Watch, à Reuters TV.

"A Chechênia tem sido comandada por Ramzan Kadyrov, um homem forte implacável, que com apoio do Kremlin tem comandado a região com punho de ferro através de repressão brutal há mais de uma década", disse Lokshina.

"A Fifa precisa entender que a situação de direitos humanos na Chechênia é de fato tão terrível que a não ser que algo seja feito sem atraso, irá colocar uma ameaçadora sombra sobre a Copa do Mundo", disse.

Contatado pela Reuters nesta quarta-feira, um porta-voz de Kadyrov disse que a postura adotada pela Human Rights Watch é infundada.

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