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Hong Kong mantém silêncio sobre extradição de Snowden

EUA solicitou a extradição de Snowden, acusado formalmente de espionagem. Autoridades de Hong Kong declararam que o caso será manejado de acordo com suas leis


	Cópia do jornal South China Morning Post, com uma entrevista de Edward Snowden, em uma banca de jornal em Hong Kong
 (Bobby Yip/Reuters)

Cópia do jornal South China Morning Post, com uma entrevista de Edward Snowden, em uma banca de jornal em Hong Kong (Bobby Yip/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2013 às 09h43.

Hong Kong - O governo de Hong Kong manteve silêncio e cautela neste sábado após a solicitação de extradição dos Estados Unidos de Edward Snowden, a quem acusaram formalmente de espionagem.

Nem o Executivo de Hong Kong, onde supostamente se refugia o jovem, nem seu corpo policial fizeram declarações diretas sobre o caso, depois que o jornal americano 'The Washington Post' informou da acusação formal a Snowden.

O responsável da polícia de Hong Kong, Andy Tsang, se limitou a afirmar que o caso será manejado 'de acordo com as leis de Hong Kong', em declarações reproduzidas hoje pelo jornal local 'South China Morning Post'.

A ordem de detenção chegou no dia no qual Snowden completa 30 anos e acredita-se que o ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) está em Hong Kong desde o último ida 20 de maio, após deixar sua residência no Havaí.

Hong Kong mantém um tratado de extradição com os EUA, mas a China, com soberania sobre o território desde 1997, tem poder de intervir em casos que considere sensíveis para a segurança do Estado.

Documentos revelados por Snowden mostraram que a NSA havia tido acesso a milhares de dados, como e-mails, chats e vídeos de usuários de grandes empresas como Facebook e Google, e esta semana revelou similares operações de espionagem por parte do Reino Unido.

A ordem de detenção coincide com o anúncio no site do Wikileaks de uma operação para transferir Snowden de Hong Kong à Islândia, possível local de refúgio contra o governo americano.

O empresário islandês Olafur Sigurvinsson, sócio do Wikileaks, afirmou ter um avião privado pronto para realizar a operação. 

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