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Homem que levou Al Qaeda ao Afeganistão tenta Presidência

Afegãos votarão no que está sendo vista como a eleição mais importante desde que a guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Taliban afegão começou


	Hamid Karzai: presidente está proibido de disputar a eleição pela Constituição, e o novo governo é visto como uma oportunidade de afastar o país de anos de alegaçõe de corrupção e má administração
 (Mohammed Dabbous/Reuters)

Hamid Karzai: presidente está proibido de disputar a eleição pela Constituição, e o novo governo é visto como uma oportunidade de afastar o país de anos de alegaçõe de corrupção e má administração (Mohammed Dabbous/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 10h22.

Cabul - O homem responsável por ter levado a al Qaeda para o Afeganistão anunciou nesta quinta-feira que estava concorrendo para presidente, uma decisão que deve ser recebida com apreensão pela comunidade internacional.

O presidente Hamid Karzai está proibido de disputar a eleição pela Constituição, e o novo governo é visto como uma oportunidade de afastar o país de anos de alegações prejudiciais de corrupção e má administração.

"Hoje eu me candidato a fim de servir a meus compatriotas e minha nação - quero estar ao lado dos verdadeiros servidores do Afeganistão", disse Abdul Rassoul Sayyaf à Reuters minutos antes de se registrar nos escritórios da Comissão Eleitoral Independente de Cabul.

No próximo ano, milhões de afegãos votarão no que está sendo vista como a eleição mais importante desde que a guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Taliban afegão começou, 12 anos atrás.

A Otan e os EUA também estão pressionando por uma votação convincente antes da saída de dezenas de milhares de soldados estrangeiros até o final do próximo ano.

Diplomatas ocidentais falaram anteriormente à Reuters sobre seus temores com relação à indicação de Sayyaf, devido a suas opiniões profundamente conservadoras com relação aos direitos das mulheres e as liberdades sociais, e seus profundos laços com o Islã militante.

O grupo insurgente filipino Abu Sayyaf foi batizado em sua homenagem e ele foi mencionado nos relatórios da comissão de 11 de setembro como "mentor" de Khalid Sheikh Muhammad, o arquiteto dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Um acadêmico islâmico conservador, Sayyaf dirigiu campos de treinamento paramilitares no Afeganistão e Paquistão nos anos 1980 e 1990, e foi ali que conheceu o líder da al Qaeda, Osama bin Laden.

Em 1996, Sayyaf ajudou Bin Laden a voltar para o Afeganistão depois de ele ter sido expulso do Sudão. Bin Laden ficou no país sob a proteção do Taliban até a invasão liderada pelos norte-americanos, no final de 2001.

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