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Homem condenado a pena de morte é liberto nos EUA

Após nove anos preso, condenado à morte em 2008 saiu em liberdade no Texas, ao ser provado que não cometeu crime


	Pena de morte: homem foi condenado por assassinato de um bebê
 (Erik S. Lesser/AFP)

Pena de morte: homem foi condenado por assassinato de um bebê (Erik S. Lesser/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 09h28.

Austin - Após nove anos preso, Manuel Vélez, condenado à morte em 2008 pelo assassinato de um bebê, saiu em liberdade na quarta-feira, no Texas, ao ser provado que não cometeu o crime.

Nascido na cidade de Brownsville e de origem mexicana, Vélez foi detido em 2005 pelo assassinato do bebê de seu casal, que sofreu um trauma cerebral e morreu no hospital.

Os exames médicos realizados no bebê após a morte evidenciaram que Vélez não podia ser o responsável pelas lesões, segundo explicou Brian Stull, advogado da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) que assumiu sua defesa em 2009.

Segundo esses relatórios, as lesões pelas quais o bebê morreu ocorreram antes que Vélez chegasse ao local e em um período de tempo em que o condenado estava trabalhando em Tennesse, a cerca de 1.480 quilômetros de Brownsville.

A ACLU também esclareceu um ponto importante sobre supostas declarações assinadas por Vélez durante sua detenção em 2005 e utilizadas durante o julgamento, nas quais o condenado reconhecia ter lesionado o bebê.

As declarações estavam escritas em inglês, idioma que Vélez pouco domina, argumentou a defesa.

Vélez, de 49 anos, abandonou na quarta-feira a prisão de Huntsville (Texas) após uma árdua batalha judicial, na qual seus advogados provaram que ele não era o responsável pela morte do bebê, mas que se declarou culpado por "lesões imprudentes" para evitar um novo julgamento e sair em liberdade por já ter cumprido a pena por esse delito.

A mãe do bebê, Acela Moreno, também foi detida em 2005.

Ela chegou a um acordo com o estado do Texas e foi condenada a dez anos de prisão ao se declarar culpada pelas lesões e testemunhar contra de Vélez.

Em 2010, foi deportada ao México, seu país de origem.

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