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Hollande promete fazer todo o possível para destruir EI

Hollande deu sóbrio discurso para as cerca de duas mil pessoas que se reuniram para homenagear vítimas dos atentados

Hollande: "Não cederemos ao medo nem ao ódio. Se a cólera nos invadir a canalizaremos em defesa da liberdade" (Philippe Wojazer / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 09h10.

Paris - O presidente da França, François Hollande , prometeu nesta sexta-feira às famílias das vítimas dos atentados do dia 13 de novembro que a "França fará todo o possível para destruir o exército de fanáticos que cometeu esses crimes", durante homenagem solene do país.

"A França não mudará. Se precisarmos de um motivo para continuar de pé, para lutar por nossos princípios, para defender os valores de nossa República, o encontraremos em sua lembrança", afirmou Hollande em um sóbrio discurso para as cerca de duas mil pessoas que se reuniram em frente ao palácio dos Inválidos, entre elas familiares da maior parte das 130 vítimas mortas nos atentados.

"Atacada covardemente em um ato de guerra organizado de longe e executado com frieza em nome de uma causa enlouquecida e de um deus traído, a França não buscará vingança nem rejeitará o outro", afirmou o presidente, visivelmente emocionado.

Sem nomear em nenhum momento o Estado Islâmico (EI), o presidente francês identificou o "inimigo" como "o fanatismo que quer submeter o homem a uma ordem desumana, ao obscurantismo".

"Venceremos todos juntos, com nossas forças, nossas armas, que são as instituições, o direito", disse Hollande.

"Os que morreram em 13 de novembro encarnavam nossos valores e devemos fazer esses valores viverem. Não cederemos ao medo nem ao ódio. Se a cólera nos invadir a canalizaremos em defesa da liberdade e de fazer da França um país orgulhoso de seu passado, de sua maneira de viver, de seu destino", ressaltou.

O presidente garantiu que os franceses seguirão "vivendo suas vidas, indo a bares, a shows e aos estádios de futebol", todos alvos dos atentados de 13 de novembro.

Hollande fez menção à juventude vítima desses ataques, já que 60% das vítimas tinham menos de 35 anos.

Batizada como "geração Bataclan", pelo nome da casa de shows que se tornou o principal palco dos ataques, Hollande tentou passar confiança.

"O dia 13 de novembro ficará em suas memórias como uma iniciação à dureza do mundo e como um convite a enfrentá-la", aconselhou o presidente, ao afirma que a juventude francesa "está ferida, mas não atemorizada" e que continuará "lúcida e empreendedora".

"Estou convencido que essa geração mostrará sua grandeza e viverá plenamente em nome dos mortos que choramos hoje. Apesar das lágrimas, esta geração é o rosto da França".

Marcado pelos símbolos nacionais, com as cores azul, branco e vermelho da bandeira francesa, a homenagem começou e acabou com a Marselhesa.

Também soaram as notas de "Quand on a que l'amour", de Jacques Brel, e "Perlimpinpin", de Barbara, interpretadas pelas cantoras Nolwenn Leroy, Camélia Jordaniana e Yael Naeem, além da lírica Natalie Dessay, enquanto os rostos das vítimas passavam em um telão.

Seus nomes foram lidos antes do minuto de silêncio, quebrado pelas notas do violoncelo de Edgar Moreau, que interpretou Bach, logo seguido pelo discurso de Hollande.

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Paris - O presidente da França, François Hollande , prometeu nesta sexta-feira às famílias das vítimas dos atentados do dia 13 de novembro que a "França fará todo o possível para destruir o exército de fanáticos que cometeu esses crimes", durante homenagem solene do país.

"A França não mudará. Se precisarmos de um motivo para continuar de pé, para lutar por nossos princípios, para defender os valores de nossa República, o encontraremos em sua lembrança", afirmou Hollande em um sóbrio discurso para as cerca de duas mil pessoas que se reuniram em frente ao palácio dos Inválidos, entre elas familiares da maior parte das 130 vítimas mortas nos atentados.

"Atacada covardemente em um ato de guerra organizado de longe e executado com frieza em nome de uma causa enlouquecida e de um deus traído, a França não buscará vingança nem rejeitará o outro", afirmou o presidente, visivelmente emocionado.

Sem nomear em nenhum momento o Estado Islâmico (EI), o presidente francês identificou o "inimigo" como "o fanatismo que quer submeter o homem a uma ordem desumana, ao obscurantismo".

"Venceremos todos juntos, com nossas forças, nossas armas, que são as instituições, o direito", disse Hollande.

"Os que morreram em 13 de novembro encarnavam nossos valores e devemos fazer esses valores viverem. Não cederemos ao medo nem ao ódio. Se a cólera nos invadir a canalizaremos em defesa da liberdade e de fazer da França um país orgulhoso de seu passado, de sua maneira de viver, de seu destino", ressaltou.

O presidente garantiu que os franceses seguirão "vivendo suas vidas, indo a bares, a shows e aos estádios de futebol", todos alvos dos atentados de 13 de novembro.

Hollande fez menção à juventude vítima desses ataques, já que 60% das vítimas tinham menos de 35 anos.

Batizada como "geração Bataclan", pelo nome da casa de shows que se tornou o principal palco dos ataques, Hollande tentou passar confiança.

"O dia 13 de novembro ficará em suas memórias como uma iniciação à dureza do mundo e como um convite a enfrentá-la", aconselhou o presidente, ao afirma que a juventude francesa "está ferida, mas não atemorizada" e que continuará "lúcida e empreendedora".

"Estou convencido que essa geração mostrará sua grandeza e viverá plenamente em nome dos mortos que choramos hoje. Apesar das lágrimas, esta geração é o rosto da França".

Marcado pelos símbolos nacionais, com as cores azul, branco e vermelho da bandeira francesa, a homenagem começou e acabou com a Marselhesa.

Também soaram as notas de "Quand on a que l'amour", de Jacques Brel, e "Perlimpinpin", de Barbara, interpretadas pelas cantoras Nolwenn Leroy, Camélia Jordaniana e Yael Naeem, além da lírica Natalie Dessay, enquanto os rostos das vítimas passavam em um telão.

Seus nomes foram lidos antes do minuto de silêncio, quebrado pelas notas do violoncelo de Edgar Moreau, que interpretou Bach, logo seguido pelo discurso de Hollande.

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