Hollande confia na vitória contra um Sarkozy na defensiva
Sarkozy se viu obrigado a sair em sua própria defesa e em um comício em Dijon, no leste do país, denunciou que está acontecendo contra ele um "julgamento stalinista"
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2012 às 18h43.
Paris - A campanha para o segundo turno das eleições presidenciais na França , que será disputado no dia 6 de maio, começou nesta sexta-feira com o socialista François Hollande, favorito nas pesquisas, cada vez mais confiante em sua vitória, contra um Nicolas Sarkozy que segue endurecendo seu discurso na busca por votos da extrema-direita.
O ex-primeiro-ministro conservador Dominique de Villepin, com quem compartilhou governo, disse hoje em uma coluna no site do jornal "Le Monde" que está "assustado" com a virada dada pelo candidato à reeleição.
"É meu dever de responsabilidade política assumir a exigência da minha herança gaullista, assinalando o veneno mortal que ameaça à direita: o da negação de seus valores, o sacrifício que nos dá nossa identidade", escreveu no artigo, no qual assegura que a direita lhe "assusta" e a esquerda lhe "inquieta".
As críticas a Sarkozy chegaram também por parte do líder da Frente de Esquerda (FG), Jean-Luc Mélenchon, que lhe acusou de recorrer a expressões "diretamente tiradas da colaboração" com a Alemanha nazista, como suas referências ao "verdadeiro trabalho", expressão utilizada pelo marechal Philippe Pétain, chefe do governo colaboracionista.
O líder conservador se viu obrigado a sair em sua própria defesa e em um comício em Dijon, no leste do país, denunciou que está acontecendo contra ele um "julgamento stalinista", acusando-lhe de extremismo e de se aproximar das posturas da Frente Nacional para captar seu eleitorado.
"Não aceito que possa ser acusado de racismo por pronunciar a palavra imigração", alegou o atual chefe do Estado, que segundo as últimas pesquisas, no segundo turno se situa oito pontos atrás de Hollande, com 46% dos votos.
Perante a dificuldade de obter um novo mandato, a imprensa interpretou uma analogia entre a vida política e a esportiva realizada hoje por Sarkozy como uma alusão direta a uma hipotética saída do poder.
"Acho que os recordes estão feitos para serem batidos. Portanto, ninguém pode ficar triste por outra pessoa tomar seu lugar, porque de todas maneiras, é a regra, tanto para o esporte, como para a política e a vida", comentou durante uma visita à redação do jornal esportivo "L"Equipe".
Mais confiante, o candidato socialista manteve hoje sua chamada à mobilização cidadã: em um comício em Limoges, no sul da França, pediu a seus eleitores "confiança em uma vitória que se aproxima".
"A direita foi punida no domingo passado", e o presidente em fim de mandato "atua como se não tivesse acontecido nada", ressaltou Hollande, que disse "temer" ser tarde demais para dizer a Sarkozy o que fazer ou dizer, e previu ter de enviar-lhe "a fazer um cursinho de recuperação muito rápido".
Já a líder ultradireitista Marine Le Pen criticou hoje que ambos candidatos queiram ficar com os votos de seus eleitores sem aproximar-se deles.
Le Pen, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno com um histórico 17,9%, ressaltou que seus eleitores são "inteligentes e racionais", e que aqueles que a apoiaram não expressaram um voto "de sofrimento", mas de adesão a seu projeto.
Paris - A campanha para o segundo turno das eleições presidenciais na França , que será disputado no dia 6 de maio, começou nesta sexta-feira com o socialista François Hollande, favorito nas pesquisas, cada vez mais confiante em sua vitória, contra um Nicolas Sarkozy que segue endurecendo seu discurso na busca por votos da extrema-direita.
O ex-primeiro-ministro conservador Dominique de Villepin, com quem compartilhou governo, disse hoje em uma coluna no site do jornal "Le Monde" que está "assustado" com a virada dada pelo candidato à reeleição.
"É meu dever de responsabilidade política assumir a exigência da minha herança gaullista, assinalando o veneno mortal que ameaça à direita: o da negação de seus valores, o sacrifício que nos dá nossa identidade", escreveu no artigo, no qual assegura que a direita lhe "assusta" e a esquerda lhe "inquieta".
As críticas a Sarkozy chegaram também por parte do líder da Frente de Esquerda (FG), Jean-Luc Mélenchon, que lhe acusou de recorrer a expressões "diretamente tiradas da colaboração" com a Alemanha nazista, como suas referências ao "verdadeiro trabalho", expressão utilizada pelo marechal Philippe Pétain, chefe do governo colaboracionista.
O líder conservador se viu obrigado a sair em sua própria defesa e em um comício em Dijon, no leste do país, denunciou que está acontecendo contra ele um "julgamento stalinista", acusando-lhe de extremismo e de se aproximar das posturas da Frente Nacional para captar seu eleitorado.
"Não aceito que possa ser acusado de racismo por pronunciar a palavra imigração", alegou o atual chefe do Estado, que segundo as últimas pesquisas, no segundo turno se situa oito pontos atrás de Hollande, com 46% dos votos.
Perante a dificuldade de obter um novo mandato, a imprensa interpretou uma analogia entre a vida política e a esportiva realizada hoje por Sarkozy como uma alusão direta a uma hipotética saída do poder.
"Acho que os recordes estão feitos para serem batidos. Portanto, ninguém pode ficar triste por outra pessoa tomar seu lugar, porque de todas maneiras, é a regra, tanto para o esporte, como para a política e a vida", comentou durante uma visita à redação do jornal esportivo "L"Equipe".
Mais confiante, o candidato socialista manteve hoje sua chamada à mobilização cidadã: em um comício em Limoges, no sul da França, pediu a seus eleitores "confiança em uma vitória que se aproxima".
"A direita foi punida no domingo passado", e o presidente em fim de mandato "atua como se não tivesse acontecido nada", ressaltou Hollande, que disse "temer" ser tarde demais para dizer a Sarkozy o que fazer ou dizer, e previu ter de enviar-lhe "a fazer um cursinho de recuperação muito rápido".
Já a líder ultradireitista Marine Le Pen criticou hoje que ambos candidatos queiram ficar com os votos de seus eleitores sem aproximar-se deles.
Le Pen, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno com um histórico 17,9%, ressaltou que seus eleitores são "inteligentes e racionais", e que aqueles que a apoiaram não expressaram um voto "de sofrimento", mas de adesão a seu projeto.