Hillary Clinton propõe um plano para regularizar e naturalizar uma parte dos 11 milhões de pessoas que vivem em situação ilegal nos Estados Unidos (Trevor Collens/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2015 às 10h56.
Washington - A candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton propôs nesta terça-feira um plano para regularizar e naturalizar uma parte dos 11 milhões de pessoas vivem em situação ilegal nos Estados Unidos, durante um ato de campanha em Las Vegas.
"Já não podemos esperar para criar um caminho à cidadania plena desses estrangeiros", disse Hillary durante uma mesa redonda em um liceu de Las Vegas, em Nevada, um estado do oeste americano em que 27% de seus habitantes são hispânicos.
Na mesma mesa havia estudantes sem documentação, provisoriamente regularizados, ou pais vivendo clandestinamente.
"Nisso me diferencio de todos os republicanos. Que as coisas fiquem claras: ninguém (pré-candidato) republicano, declarado ou potencial, apoia abertamente uma via à cidadania, nenhum. Quando falam de um estatuto legal, trata-se na realidade de um estatuto de segunda classe", disse a pré-candidata democrata.
Hillary Clinton apoiou nos últimos anos a regularização em massa dos estrangeiros indocumentados, em particular os jovens "dreamers", que não deixaram os Estados Unidos desde seu nascimento e que "sonham" em sair dessa situação.
No entanto, sua pressão pela elaboração de uma naturalização constitui um claro contraste com seus adversários republicanos, que se opõem à proposta ou mantêm uma postura ambígua.
Democratas e republicanos coincidem que a presença de mais de 11 milhões de pessoas sem documentos e que as as lacunas existentes no sistema de cotas de vistos tornam a reforma migratória indispensável.
Em 2013, o Senado, então dominado pelos democratas, adotou uma reforma que teria conduzido à regularização de milhões de pessoas, mas os republicanos a frearam na Câmara dos Representantes.
O presidente Barack Obama decidiu implementar em 2012 um programa que outorga documentos provisórios a jovens sem documentos, mas sua extensão aos adultos permanece bloqueada pela justiça federal.