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Hillary consegue votos para virar candidata democrata

Segundo a imprensa local, Hillary Clinton obteve a quantidade de delegados para garantir a indicação democrata e concorrer à presidência dos EUA


	Hillary Clinton alcança o número de delegados necessários e será candidata democrata à presidência dos Estados Unidos
 (Reuters/Lucy Nicholson)

Hillary Clinton alcança o número de delegados necessários e será candidata democrata à presidência dos Estados Unidos (Reuters/Lucy Nicholson)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2016 às 06h43.

Hillary Clinton obteve nesta segunda-feira o apoio suficiente de delegados para garantir a indicação democrata, tornando-se a primeira mulher candidata à presidência dos Estados Unidos por um grande partido.

Segundo a agência de notícias americana AP e outros meios de comunicação, a ex-secretária de Estado obteve o apoio necessário dos delegados um dia antes das primárias em seis estados - incluindo a Califórnia -, nos quais Hillary fez uma vigorosa campanha.

Clinton e sua equipe de campanha admitiram ter cruzado o número mágico de 2.383 delegados, o necessários para se obter a indicação, mas advertiram que a disputa com o senador Bernie Sanders não acabou.

Clinton, 68 anos, se disse "lisonjeada" com a conclusão dos meios de comunicação, mas recordou a seus partidários que nesta terça-feira há primárias: "votem amanhã".

"Esse é um marco importante, mas há seis estados que votarão nesta terça-feira com milhões de pessoas indo às urnas, e Hillary Clinton está trabalhando para ganhar cada voto", disse seu chefe de campanha, Robby Mook, em um comunicado.

"Vamos esperar até terça à noite, quando Hillary Clinton garantir não apenas uma vitória no voto popular, mas também a maioria dos delegados comprometidos", acrescentou.

Em comício em Long Beach, na região de Los Angeles, Hillary admitiu que "segundo as notícias, estamos a beira de um momento histórico, sem precedentes (...), mas temos muito trabalho a fazer, de verdade. Há seis eleições amanhã e vamos lutar duro por cada voto, especialmente aqui na Califórnia".

O senador Bernie Sanders afirmou nesta segunda-feira que Hillary não garantiu nada, acrescentando que os superdelegados não podem votar até a convenção do partido, em julho.

Hillary Clinton "não tem e não terá o número exigido de delegados comprometidos para garantir a nomeação", afirmou Sanders, que buscará "convencer estes superdelegados de que é, de longe, o candidato mais forte para enfrentar Donald Trump".

"É lamentável que a imprensa, em um julgamento apressado, ignore a clara declaração do Comitê Nacional Democrata de que é um erro contar os votos dos superdelegados antes de que eles realmente votem na convenção deste verão" (boreal), disse o porta-voz de Sanders Michael Briggs.

Se vencer na Califórnia, estado com o maior número de delegados em disputa, Sanders poderá justificar sua permanência até a última primária, na próxima semana, em Washington, ou inclusive até a convenção.

"Nossa meta é obter a maior quantidade de delegados que pudermos para convencer os superdelegados que (...) eu sou o melhor candidato" para vencer Trump, disse Sanders durante coletiva de imprensa em Emeryville.

Os superdelegados são dirigentes partidários e legisladores que têm direito a voto devido à sua posição, e não são eleitos nas primárias.

Animada pelas vitórias nos territórios de Ilhas Virgens e Porto Rico no final de semana, Clinton já se preparava para declarar vitória na terça, a partir do fechamento das urnas em Nova Jersey, na costa leste.

Mais cedo nesta segunda-feira, antes de a agência Associated Press divulgar sua recontagem, Hillary Clinton disse a jornalistas em Compton, na região de Los Angeles, que a disputa "só acaba quando termina".

Horas depois, em um comício em Lynwood, Clinton admitiu que "ficaria profundamente honrada e surpreendida" se esta terça-feira se tornasse o "dia de Hillary".

"Amanhã, faz exatamente oito anos desde que me retirei e me uni ao então senador (Barack) Obama. Penso que foi uma boa decisão", avaliou Hillary nesta segunda, destacando que se aproximará de Sanders.

"Espero que me acompanhe nisso. Devemos estar unidos rumo à convenção para atacar Donald Trump e repudiar seu tipo de campanha", acrescentou.

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