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Hillary Clinton pede proteção da democracia na Cúpula

Às vésperas de viajar para Cartagena, a secretária solicitou também o fortalecimento da Organização dos Estados Americanos

Hillary Clinton: ''Temos que proteger a democracia'' (Jewel Samad/AFP)

Hillary Clinton: ''Temos que proteger a democracia'' (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 21h27.

Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta quinta-feira a proteção da democracia e da igualdade na Cúpula das Américas que acontecerá neste final de semana na Colômbia, onde o presidente Barack Obama defenderá uma maior cooperação continental.

''Temos que proteger a democracia. Não é por acaso que os sucessos do continente tenham vindo do abraço à democracia'', ressaltou Hillary ao encerrar um fórum sobre as oportunidades econômicas na região na Casa Branca, com líderes governamentais e empresariais.

Às vésperas de viajar para Cartagena, na Colômbia, junto com Obama para participar da 6ª Cúpula das Américas, a secretária solicitou também o fortalecimento da Organização dos Estados Americanos (OEA) na defesa da democracia e dos direitos humanos.

A chefe da diplomacia americana destacou que a administração de Obama iniciou o diálogo com a região e defendeu a atuação americana até quando os governos não estão dispostos a se unir a Washington. Hillary citou o exemplo de Cuba, com a abertura do acesso à ilha mesmo sem a cooperação do regime.

Cuba, inclusive, será um dos temas de debate na cúpula. Na discussão, Obama defenderá que o país caribenho cumpra os mesmos compromissos democráticos que o resto dos países da América para comparecer aos encontros continentais.

Os Estados Unidos também buscarão em Cartagena aumentar as relações com a América Latina nos setores do comércio, energia, educação e segurança, segundo detalhou Hillary em seu discurso.


Mais de 40% das exportações dos EUA se destinam para a região, o que motiva o governo de Obama a aumentar os investimentos.

Em relação ao combate às drogas, especialmente no México e América Central, os EUA deixaram claro, segundo a secretária, sua parcela de culpa por ser o maior consumidor de cocaína no continente junto com o Brasil.

No mesmo sentido, o secretário de Comércio de EUA, John Bryson, comentou horas antes na abertura do fórum que o desafio do país é trabalhar em favor do futuro do continente. ''Temos que conduzir os desafios mundiais, como a mudança climática e a segurança global'', ressaltou Bryson.

Obama chegará em Cartagena na sexta, em sua quarta viagem à região. Em 2009, o presidente visitou o México e Trinidad e Tobago, ao participar da Cúpula das Américas anterior, e visitou Chile, Brasil e El Salvador em março de 2011.

Antes de partir para a Colômbia, Obama fará uma parada em Tampa (Flórida), onde discursará sobre a importância do comércio entre EUA e América Latina. Já em Cartagena, na sexta-feira à noite, o presidente terá um jantar com outros líderes, entre eles o anfitrião da cúpula, o colombiano Juan Manuel Santos.

No sábado, Obama falará em um fórum empresarial junto com Santos e a presidente Dilma Rousseff. Além da reunião bilateral que terá com Santos no domingo, a Casa Branca confirmou outro encontro do americano com um grupo de líderes caribenhos no mesmo dia. 

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