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Hezbollah e rebeldes acertam cessar-fogo na Líbia

A trégua começou às 6h locais, interrompendo combates na cidade libanesa de Arsal, onde o Hezbollah iniciou seu ataque contra os jihadistas da Al-Nusra

Bandeira da Líbia e do Hezbollah: o Hezbollah está exigindo a libertação de cinco de seus combatentes nas mãos da Frente Al-Nusra na Síria como parte do acordo (Mohamed Azakir/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de julho de 2017 às 11h52.

Beirute -Um cessar-fogo entrou em vigor nesta quinta-feira em uma área montanhosa da fronteira líbano - síria , onde o grupo libanês Hezbollah diz estar perto de derrotar militantes da Frente Al-Nusra em seu último reduto na divisa.

A trégua começou às 6h locais, interrompendo os combates em todas as frentes em áreas próximas da cidade fronteiriça libanesa de Arsal, onde o Hezbollah iniciou seu ataque contra os jihadistas da Al-Nusra, informou um serviço militar de notícias do Hezbollah.

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Uma fonte a par das negociações, mediadas por uma agência de segurança interna do Líbano, disse que os combatentes remanescentes da Al-Nusra estão dispostos a aceitar uma passagem segura para Idlib, região da Síria comandada por rebeldes, e que as conversas para se acertar a rota que utilizarão estão em andamento.

O Hezbollah está exigindo a libertação de cinco de seus combatentes nas mãos da Frente Al-Nusra na Síria como parte do acordo, disse a fonte.

Em um discurso feito no final da quarta-feira, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que as conversas entre autoridades libanesas e a Al-Nusra começaram na terça-feira.

Ainda na quarta-feira, Nasrallah disse que seu grupo está prestes a derrotar os militantes da Al-Nusra, afirmando que eles "perderam efetivamente" a maior parte do território que ocupam na região montanhosa e desolada de fronteira conhecida como Jroud Arsal.

Fontes de segurança dizem que cerca de duas dezenas de combatentes do Hezbollah morreram, e quase 150 militantes.

Militantes do Estado Islâmico presentes em uma área adjacente da região de fronteira devem ser alvejados na próxima fase da operação, a menos que concordem em recuar.

A Al-Nusra foi o braço oficial da Al Qaeda na guerra síria até o ano passado, quando cortou formalmente seus laços com a rede jihadista global e mudou de nome. Agora ela luta como parte da aliança islâmica Tahrir al-Sham, na qual predomina.

O Hezbollah vem desempenhando um papel de destaque no combate a militantes na região fronteiriça durante a guerra de seis anos da Síria, parte de uma atuação muito mais abrangente que vem realizando no conflito sírio em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

A região de Arsal foi palco de uma das maiores repercussões da guerra civil síria no Líbano quando militantes da Al-Nusra e do Estado Islâmico ocuparam brevemente Arsal, sequestrando dezenas de soldados e policiais libaneses.

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