Hezbollah dispara mais de 100 mísseis contra Haifa e Galileia, detecta Israel
Israel intercepta a maioria dos foguetes, mas ataque agrava tensão na região após um ano de confronto
Agência de Notícias
Publicado em 8 de outubro de 2024 às 16h33.
Israel detectou nesta terça-feira, 8, o lançamento de mais de cem projéteis disparados pelo grupo xiita libanês Hezbollah contra o norte do país, principalmente a cidade de Haifa e áreas adjacentes da Galileia, após um ano de confronto aberto.
A maioria dos projéteis foi interceptada e apenas alguns caíram em áreas abertas, de acordo com as Forças de Defesa de Israel ( IDF, na sigla em inglês). A chegada dos foguetes ocorreu em duas ondas consecutivas: uma primeira com 85 projéteis e uma segunda, com 20.
Ataques e consequências na região
Os projéteis dispararam alarmes de ataque aéreo no norte da cidade, mas também nas regiões da Alta Galileia e da Galileia Central. O serviço de emergências israelense, Magen David Amon, informou que uma mulher de 71 anos sofreu um pequeno ferimento de estilhaços no braço.
" Nós a atendemos no local e a levamos para o hospital ", disse um porta-voz da equipe de emergência.
Uma hora antes, outros 25 foguetes haviam sido disparados do país vizinho contra a região norte da Baixa Galileia e a cidade de Tiberíades.
Histórico recente do conflito
Há um ano, o Hezbollah abriu fogo contra o norte de Israel no que descreveu como um gesto de solidariedade com "o povo palestino" após o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que ainda está em andamento 12 meses e quase 42.000 mortos depois.
As IDF anunciaram nesta terça-feira que uma quarta divisão passou a operar no sul do Líbano, especificamente no sudoeste, juntando-se a outras três divisões que já haviam sido convocadas após a invasão terrestre de oito dias atrás.
Impactos no Líbano
Desde o início de uma intensa campanha de bombardeio israelense no Líbano, há cerca de 1,2 milhão de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas. Além disso, mais de 2.080 pessoas morreram e cerca de 9.800 ficaram feridas no último ano, de acordo com o Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde, a maioria delas nas últimas semanas.