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Hezbollah anuncia 'nova fase', e declara 'guerra indefinida' a Israel

Grupo fez ataques ao país vizinho após ser alvo de operação que matou seus integrantes com explosivos em pagers

Iraquianos no funeral de líder do Hezbollah morto em um ataque atribuído a Israel pelo grupo (Ahmad Al-Rubaye/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 22 de setembro de 2024 às 15h46.

O número dois do Hezbollah, Naim Qasem, afirmou este domingo, 22, que o movimento islâmico libanês entrou numa “nova fase” na batalha que trava contra Israel desde que eclodiu a guerra na Faixa de Gaza, há quase um ano.

“Entramos numa nova fase”, a de acertar “contas inacabadas”, declarou durante o funeral de Ibrahim Aqil, um oficial militar de alta patente morto na sexta-feira num bombardeamento israelita.

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“As ameaças não nos vão deter: estamos preparados para todos os cenários militares” contra Israel, acrescentou no que constituem as primeiras declarações oficiais de um alto funcionário do partido após o ataque israelita.

Segundo as autoridades libanesas, pelo menos 16 membros do Hezbollah foram mortos neste atentado, que matou 45 pessoas no total, incluindo civis.

Qasem afirmou que os ataques de seu partido no domingo contra instalações de produção militar israelense e contra uma base aérea no norte de Israel fizeram parte da fase de acerto de "contas não resolvidas".

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Exigência de cessar-fogo

Só um cessar-fogo em Gaza poria fim aos ataques do movimento pró-Irã, aliado do grupo islâmico palestiniano Hamas, insistiu, chamando “a solução militar israelita” de um “dilema” para Israel e os seus habitantes no norte.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou na terça-feira que o regresso dos residentes do norte do país, que fugiram devido aos disparos do Hezbollah, era um dos objetivos do seu governo e prometeu no domingo "fazer todo o possível" para garantir a sua segurança e o seu regresso.

O Hezbollah abriu uma frente no sul do Líbano há quase um ano para apoiar o Hamas, em guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023. Desde então, as trocas de tiros na fronteira têm sido quase diárias.

A tensão aumentou significativamente nos últimos dias, com tiroteios intensos entre ambos os lados durante o fim de semana, levantando temores de uma guerra total.

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