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Hezbollah acusa estrangeiros de estimular ataques no Iraque

"Esses atentados criminosos e atos mortíferos são realizados por alguns grupos armados que querem satisfazer os desejos dos inimigos da nação", afirmou o Hezbollah

Imagem do atentado em um mercado popular no Iraque: o Iraque foi palco hoje de uma onda de atentados que terminou com pelo menos 84 mortos e cerca de 300 feridos (Mushtaq Muhammed/Reuters)

Imagem do atentado em um mercado popular no Iraque: o Iraque foi palco hoje de uma onda de atentados que terminou com pelo menos 84 mortos e cerca de 300 feridos (Mushtaq Muhammed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 17h25.

Beirute - O grupo xiita libanês Hezbollah acusou os serviços secretos estrangeiros, sem especificar países, de auxiliar grupos armados iraquianos a cometer atentados, depois que uma onda de violência causou mais de 80 mortes nesta segunda-feira.

"Esses atentados criminosos e atos mortíferos são realizados por alguns grupos armados que querem satisfazer os desejos dos inimigos da nação", afirmou o Hezbollah em comunicado.

Para o grupo xiita, o objetivo destas operações é "a intimidação dos cidadãos, a morte de inocentes, a difusão da violência confessional, o regionalismo e a destruição das instituições do Estado".

"É óbvio que os serviços de Inteligência estrangeiros impulsionam esses grupos a cometer massacres e impedir a recuperação do Iraque depois da retirada das forças de ocupação norte-americanas", acrescentou o texto.

O Hezbollah questionou se a ONU, as organizações internacionais e as instituições dos direitos humanos são "cegos" e não veem o que está acontecendo no país árabe.

"Condenamos esses crimes atrozes e esperamos que os líderes do Iraque promovam a união nacional e o autocontrole a fim de enterrar os conflitos e reduzir as rivalidades que só servem aos inimigos da nação", ressaltou o grupo.

O Iraque foi palco hoje de uma onda de atentados que terminou com pelo menos 84 mortos e cerca de 300 feridos, o que voltou a pôr em evidência a falta de segurança no país.

Estes ataques, os mais sangrentos nos últimos dois anos, se enquadram no aumento da violência que o país vive desde a retirada, em dezembro passado, das tropas americanas. 

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