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Herdeiro da Samsung reforça inocência em tribunal sul-coreano

Em seu primeiro comparecimento ao tribunal do país, Lee Jae-yong negou ter realizado doações a organizações vinculadas à "Rasputina"

Lee Jae-yong: segundo a acusação, o magnata autorizou o pagamento da Samsung de 43 bilhões de wons às organizações citadas (Jung Yeon-Je/Pool/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de abril de 2017 às 10h13.

Seul - O herdeiro de Samsung insistiu nesta sexta-feira que é inocente das acusações derivadas das investigações sobre o escândalo de corrupção da "Rasputina", durante seu primeiro comparecimento ao tribunal da Coreia do Sul que o julga por pagamento de propina e outros crimes.

Lee Jae-yong, líder 'de facto' do maior conglomerado empresarial sul-coreano e vice-presidente da Samsung Electronics, negou ter realizado doações a organizações vinculadas a Choi Soon-sil, amiga íntima da presidente deposta e apelidada de "Rasputina", para obter tratamento favorável das autoridades.

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Essas transferências foram realizadas "a pedido da presidente para promover o desenvolvimento cultural e de atividades esportivas, e não implicaram nenhuma troca de favores", afirmaram os advogados de Lee, que compareceu pela primeira vez ao tribunal algemado e vestido com roupa de presidiário.

Segundo a acusação, o magnata autorizou o pagamento da Samsung de 43 bilhões de wons (US$ 37,3 milhões) às organizações citadas, em troca do sinal verde para uma fusão de duas filiais do conglomerado que fortaleceria o controle do clã Lee sobre este grupo, que é um pilar básico da economia nacional.

Os representantes legais da Samsung afirmaram que esta operação "é uma reestruturação de negócios dentro das atividades de gestão" e "não estava voltada para a transferência de poder", segundo o testemunho citado pela agência local "Yonhap".

Lee, de 48 anos, assumiu em 2014 as rédeas do conglomerado que é responsável por um quinto do PIB nacional depois que seu pai, Lee Kun-hee, sofreu um infarto que o deixou incapacitado.

O executivo permanece em prisão preventiva desde o princípio de fevereiro, e a sentença para seu caso é esperada para o final de maio.

A ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye, também foi detida de forma preventiva na última sexta-feira, e a procuradoria tem agora um prazo de 20 dias para poder apresentar acusações formais contra ela por seu papel no esquema de corrupção.

A acusação considera que Park e sua amiga Choi, de 60 anos e que está presa desde novembro, pressionaram a Samsung e outros grandes conglomerados empresariais do país para que realizassem doações a organizações vinculadas à "Rasputina".

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