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Henri Falcón é "instrumento" de Maduro, diz secretário da OEA

Candidato de oposição está concorrendo nas eleições apesar de condições que críticos dizem ser manipuladas para garantir manutenção dos socialistas no poder

Henri Falcón:um governador e ex-aliado do antecessor de Maduro, Hugo Chávez, desafiou o boicote à eleição presidencial convocado pela oposição (Marco Bello/Reuters)

Henri Falcón:um governador e ex-aliado do antecessor de Maduro, Hugo Chávez, desafiou o boicote à eleição presidencial convocado pela oposição (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de março de 2018 às 17h40.

Madri - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está usando seu principal rival eleitoral, Henri Falcón, como um "instrumento" para dividir a oposição do país antes da votação do dia 20 de maio, disse o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, nesta sexta-feira.

Falcón, um ex-governador e ex-aliado do antecessor de Maduro, Hugo Chávez, desafiou o boicote à eleição presidencial convocado pela oposição, concorrendo apesar de condições que críticos dizem ser manipuladas para garantir a manutenção dos socialistas no poder.

"Todos nós sabíamos que Henri Falcón seria um instrumento do governo venezuelano para dividir a oposição, e sua candidatura acaba provando isso", disse Almagro, durante evento em Madri.

"A candidatura de Henri Falcón beneficia o 'chavismo'. Nós pedimos para a oposição venezuelana separar o joio do trigo e Henri Falcón é o joio que se separou sozinho", disse à Reuters no centro cultural Casa de América.

Almagro reiterou seus pedidos por sanções mais rígidas contra a "ditadura" da Venezuela. No mês passado, ele disse que as sanções deveriam visar o setor petrolífero venezuelano para intensificar a pressão financeira sobre o governo de Maduro, que tem administrado o país durante cinco anos de forte recessão.

A principal coalizão de oposição da Venezuela repreendeu Falcón por legitimar uma eleição que eles consideram uma farsa, uma vez que os adversários mais populares de Maduro estão proibidos de participar e que o conselho eleitoral favorece o governo.

 

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