Helicópteros militares bombardeiam maior cidade síria
Peritos acreditam que força militar de Assad vai conseguir sobrepujar rebeldes em Aleppo e outras grandes cidades, mas corre o risco de perder o controle do interior
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2012 às 10h52.
Beirute - Helicópteros militares sírios atacaram neste sábado um bairro de Aleppo sob controle dos rebeldes, enquanto unidades blindadas se posicionavam para uma ofensiva que poderá decidir o destino da maior cidade da Síria , disseram fontes da oposição.
A Turquia, antes aliada, mas agora crítica ferina do governo da Síria, se uniu à crescente pressão diplomática sobre o presidente sírio, Bashar al-Assad, pedindo medidas internacionais para lidar com o reforço da ação militar no país.
O grupo oposicionista Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que reúne informações sobre o levante de 16 meses contra Assad, afirmou que helicópteros atacaram o bairro central de Salaheddine, em Aleppo, e há combates em outras partes da cidade.
"Helicópteros estão participando de confrontos na entrada do bairro de Salaheddine e bombardeando-o", disse o grupo em um comunicado por e-mail. "Há também violentos confrontos na entrada do bairro de Sakhour." Um ativista da oposição disse ter visto tanques sírios e veículos blindados se dirigindo para Salaheddine.
A batalha pelo controle da cidade de 2,5 milhões de habitantes é vista como um teste crucial para o governo. Diante de uma crescente insurgência, as autoridades sírias concentraram grandes recursos militares para reter o controle de seus maiores centros de poder.
Embora nenhuma das partes tenha conseguido se impor, o resultado do levante está sendo acompanhado ansiosamente na região e em todo o mundo, dando origem ao temor de que um conflito sectário possa espalhar-se por países vizinhos cuja situação também é instável.
Peritos militares acreditam que a poderosa força militar de Assad vai conseguir sobrepujar os rebeldes em Aleppo e outras grandes cidades, mas corre o risco de perder o controle do interior porque há dúvida sobre a lealdade de grande parte do Exército.
"Provavelmente as forças de Assad vão obter uma vitória tática que representará um revés para as forças da oposição e permitirá ao regime demonstrar seu domínio militar", disse o analista Ayham Kamel, do Eurasia Group. No entanto, ele acrescentou que os rebeldes estão ficando mais fortes enquanto o Exército entra em declínio.
Segundo o Observatório, neste sábado três rebeldes foram mortos em confronto em Aleppo e na sexta-feira 160 pessoas morreram no conflito em toda a Síria. Com isso, de acordo com o grupo oposicionista, o número total de mortos desde o início do levante chega a cerca de 18 mil pessoas.
Houve relatos de combates também nas cidades de Deraa, Homs e Hama. Pelo menos dez pessoas foram mortas no sábado em uma ação militar em um bairro de Damasco, segundo o Observatório.
Beirute - Helicópteros militares sírios atacaram neste sábado um bairro de Aleppo sob controle dos rebeldes, enquanto unidades blindadas se posicionavam para uma ofensiva que poderá decidir o destino da maior cidade da Síria , disseram fontes da oposição.
A Turquia, antes aliada, mas agora crítica ferina do governo da Síria, se uniu à crescente pressão diplomática sobre o presidente sírio, Bashar al-Assad, pedindo medidas internacionais para lidar com o reforço da ação militar no país.
O grupo oposicionista Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que reúne informações sobre o levante de 16 meses contra Assad, afirmou que helicópteros atacaram o bairro central de Salaheddine, em Aleppo, e há combates em outras partes da cidade.
"Helicópteros estão participando de confrontos na entrada do bairro de Salaheddine e bombardeando-o", disse o grupo em um comunicado por e-mail. "Há também violentos confrontos na entrada do bairro de Sakhour." Um ativista da oposição disse ter visto tanques sírios e veículos blindados se dirigindo para Salaheddine.
A batalha pelo controle da cidade de 2,5 milhões de habitantes é vista como um teste crucial para o governo. Diante de uma crescente insurgência, as autoridades sírias concentraram grandes recursos militares para reter o controle de seus maiores centros de poder.
Embora nenhuma das partes tenha conseguido se impor, o resultado do levante está sendo acompanhado ansiosamente na região e em todo o mundo, dando origem ao temor de que um conflito sectário possa espalhar-se por países vizinhos cuja situação também é instável.
Peritos militares acreditam que a poderosa força militar de Assad vai conseguir sobrepujar os rebeldes em Aleppo e outras grandes cidades, mas corre o risco de perder o controle do interior porque há dúvida sobre a lealdade de grande parte do Exército.
"Provavelmente as forças de Assad vão obter uma vitória tática que representará um revés para as forças da oposição e permitirá ao regime demonstrar seu domínio militar", disse o analista Ayham Kamel, do Eurasia Group. No entanto, ele acrescentou que os rebeldes estão ficando mais fortes enquanto o Exército entra em declínio.
Segundo o Observatório, neste sábado três rebeldes foram mortos em confronto em Aleppo e na sexta-feira 160 pessoas morreram no conflito em toda a Síria. Com isso, de acordo com o grupo oposicionista, o número total de mortos desde o início do levante chega a cerca de 18 mil pessoas.
Houve relatos de combates também nas cidades de Deraa, Homs e Hama. Pelo menos dez pessoas foram mortas no sábado em uma ação militar em um bairro de Damasco, segundo o Observatório.