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Hamas toma controle de passagem entre Gaza e Egito após retirada da ANP

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) abriu mão da sua administração e entregaram o controle da passagem ao chefe de segurança interior do Hamas

Palestina: Rafah é a única passagem que conecta o enclave com o exterior (Mohammed Salem/Reuters/Reuters)

Palestina: Rafah é a única passagem que conecta o enclave com o exterior (Mohammed Salem/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 12h40.

Gaza - O Hamas, governante de fato em Gaza, tomou nesta segunda-feira o controle da passagem de Rafah, que conecta a Faixa com o Egito, depois que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) abriu mão da sua administração, segundo informou o movimento islamita em comunicado.

A ANP declarou ontem à noite que a decisão de retirar seus funcionários da passagem se deve à onda de detenções de membros do partido nacionalista Fatah, liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, efetuadas pelo Hamas na Faixa nos últimos dias para evitar que se lembrassem os 54 anos de vida da legenda.

O Ministério do Interior do movimento islamita detalhou, que durante a noite, os funcionários da ANP entregaram o controle da passagem ao chefe de segurança interior do Hamas, o general Tawfiq Abu Neim.

Além disso, comunicou que manteria a passagem em funcionamento "pelo bem do povo palestino".

O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, garantiu que a retirada da ANP do cruzamento de Rafah "é uma continuação da série de medidas vingativas e punitivas contra nossa gente em Gaza".

Rafah é a única passagem que conecta o enclave, sob bloqueio por parte de Israel desde 2007, com o exterior, sem passar pelo país.

Ontem à noite, a Corporação de Assuntos Civis da ANP anunciou o fechamento "pelas práticas do Hamas contra os líderes do Fatah e os seus membros".

A passagem esteve sob controle do movimento islamita desde que tomou o controle pela força em 2007, mas, em novembro de 2017, o Hamas entregou sua administração à ANP como parte do acordo de reconciliação alcançado entre ambas facções com a mediação egípcia que não se materializou, após mais de dez anos de divisão política.

A tensão entre ambos rivais palestinos subiu após o recente anúncio de Abbas da sua intenção de aplicar a ordem judicial do Tribunal Constitucional de revogar o parlamento palestino.

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