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Hamas exige do Fatah que interrompa os contatos com Israel

O movimento islamita alega que o processo de reconciliação entre as facções palestinas obrigue ao Fatah consultá-las sobre qualquer decisão futura

Abbas (D) e Meshaal anunciaram ter concluído uma "associação" para completar a reconciliação entre o Fatah e o Hamas (Oficina Prensa Hamas/AFP)

Abbas (D) e Meshaal anunciaram ter concluído uma "associação" para completar a reconciliação entre o Fatah e o Hamas (Oficina Prensa Hamas/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 09h05.

Gaza - O movimento islamita Hamas exigiu nesta quarta-feira do nacionalista Fatah, que faz parte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que cesse 'todos os contatos' com Israel, após o encontro de terça-feira em Amã entre representantes dos dois povos.

'O Hamas está surpreso que (o negociador) Saeb Erekat entregue a Israel documentos relacionados com as fronteiras e os mecanismos de segurança', disse em Gaza seu porta-voz Sami abu Zuhri por meio de um comunicado. 'Os documentos não foram apresentados antes às facções palestinas', acrescentou.

O movimento islamita alega que o processo de reconciliação interna aberto nos últimos meses entre as facções palestinas obrigue ao Fatah consultá-las antes de qualquer passagem relacionada com o futuro de seu povo.

Na terça-feira, em outro comunicado antes da reunião entre Erekat e o israelense Itzjak Moljo em Amã, Abu Zuhri lhe incentivou a suspender os contatos com Israel, pedido que fez novamente nesta quarta-feira.

'O movimento Hamas pede o fim dos contatos com Israel e cancelar o status de monopólio e individualismo que o Fatah ostenta nesses assuntos estratégicos', acrescenta o porta-voz.

Para Fawzi Barhum, outro dos porta-vozes islamitas em Gaza, as conversas na Jordânia foram 'uma farsa, uma paródia e uma perda de tempo'.

No primeiro contato após 15 meses sob a mediação da Jordânia e do Quarteto de Madri, Israel e a OLP acordaram voltar a se reunir na Jordânia antes de 26 de janeiro, com o objetivo de tentar reativar as negociações de paz no Oriente Médio interrompidas desde setembro de 2010. 

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