Mundo

Hamas adverte que "Jerusalém é uma linha vermelha" e promete resistência

Reação do movimento islamita ocorre após protestos violentos no território palestino contra a mudança da embaixada dos EUA para a cidade

Jerusalém: protestos deixaram 52 palestinos mortos e 2 mil feridos em em dia de inauguração da nova embaixada americana na cidade (Amir Cohen/Reuters)

Jerusalém: protestos deixaram 52 palestinos mortos e 2 mil feridos em em dia de inauguração da nova embaixada americana na cidade (Amir Cohen/Reuters)

E

EFE

Publicado em 14 de maio de 2018 às 15h44.

Jerusalém - O vice-líder do movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza, Khalil al Hayya, advertiu nesta segunda-feira que "Jerusalém é uma linha vermelha" e que "a resistência continua", após uma jornada de protestos no território palestino contra a mudança da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém,  na qual 52 palestinos morreram e 2 mil ficaram feridos.

"Hoje, nossa gente é mais forte do que antes. Todo o respeito aos que derramaram seu sangue contra a mudança da embaixada dos Estados Unidos", declarou Hayya em entrevista coletiva em Gaza.

O dirigente islamita garantiu que o inimigo (Israel) não entende "a resistência popular e as atividades pacifistas" dessas manifestações, que foram qualificadas pelo exército israelense como "distúrbios violentos", e acusa o Hamas de "cometer ataques terroristas".

"Nossa gente rejeita com seu sangue o crime da mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém", afirmou Hayya, que considerou a decisão do presidente americano Donald Trump de "inaceitável".

Os islamitas apostam na união nacional e pela continuidade das manifestações, mas declararam um dia de luto para amanhã, que coincide com a comemoração do Dia da Nakba (catástrofe, em tradução do árabe), que representou a fundação do Estado de Israel para os palestinos, pelas mortes de hoje causadas pelo exército israelense.

"Nossa gente, que viveu amargamente a vida durante 70 anos, não permanecerá em silêncio e não retrocederá até conseguir retornar, derrotar a ocupação e estabelecer o seu Estado palestino independente com Jerusalém como sua capital", defendeu o líder islamita, que também pediu aos países árabes que não fizessem do inimigo (Israel) "um amigo da região".

Mais de 40 mil palestinos participaram hoje na Grande Marcha do Retorno de Gaza, que vem sendo realizada desde 30 de março na fronteira com Israel, e que hoje coincidiu com a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, em protesto pela mudança da representação diplomática, que representa o reconhecimento 'de facto' da cidade como capital israelense.

 

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Faixa de GazaHamasIsraelPalestina

Mais de Mundo

Milei denuncia 'corridas cambiais' contra seu governo e acusa FMI de ter 'más intenções'

Tiro de raspão causou ferida de 2 cm em orelha de Trump, diz ex-médico da Casa Branca

Trump diz que 'ama Elon Musk' em 1º comício após atentado

Israel bombardeia cidade do Iêmen após ataque de rebeldes huthis a Tel Aviv

Mais na Exame