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Guterres pede acordo entre governo e oposição na Venezuela

O secretário-geral da ONU deixou claro que a saída da crise deve ser gerenciada "unicamente entre os venezuelanos"

Guterres: "A saída é o acordo, com eleições, respeito aos direitos fundamentais e respeito aos poderes" (Murad Sezer/Reuters)

Guterres: "A saída é o acordo, com eleições, respeito aos direitos fundamentais e respeito aos poderes" (Murad Sezer/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de julho de 2017 às 17h22.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou nesta sexta-feira sua "preocupação" pela situação na Venezuela e considerou "urgente" uma "combinação nacional" entre o governo e a oposição.

"A nossa preocupação está mais presente do que nunca sobre a Venezuela", disse Guterres em declaração por escrito, na qual apontou que a comunidade internacional deseja "a paz e a democracia" no país.

Para o chefe das Nações Unidas, "é urgente (a necessidade de) uma combinação nacional entre governo e oposição com dois grandes objetivos: erradicar a violência, os abusos, o fanatismo, e preservar um caminho constitucional arrumado".

"Não haverá solução se tentarem impor uma saída. A saída é o acordo, com eleições, respeito aos direitos fundamentais e respeito aos poderes constitucionais", insistiu.

O diplomata português deixou claro que essa saída da crise deve ser gerenciada "unicamente entre os venezuelanos" e disse que o papel da comunidade internacional deve ser "apoiar os caminhos pacíficos e de combinação política".

"Só a política permitirá que a esperança volte à Venezuela ", ressaltou Guterres.

O secretário-geral se expressou assim depois que hoje o Escritório do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos denunciou um uso excessivo da força por parte da polícia durante os protestos no país e pediu ao governo que não use a Justiça militar para julgar civis, uma prática à qual foram submetidas quase 50 pessoas.

"Exigimos que o governo imediatamente deixe de usar a Justiça militar para julgar civis, algo que é contrário à lei internacional de direitos humanos, particularmente a respeito do devido processo e garantias", afirmou Liz Throsell, porta-voz do Escritório em coletiva de imprensa em Genebra.

Throsell se referiu também à consulta pública que a oposição organizou para este domingo, pedindo que as autoridades "respeitem os desejos de todos aqueles que querem participar e a garantir os direitos da população à liberdade de expressão, associação e assembleia".

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