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Guiné é declarada livre do Ebola, que matou 2.500 no país

O pior surto da doença no mundo começou em Gueckedou, no leste da Guiné, em dezembro de 2013, e depois se espalhou para a Libéria


	Médico na Guiné: o pior surto da doença no mundo começou em Gueckedou
 (AFP)

Médico na Guiné: o pior surto da doença no mundo começou em Gueckedou (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 10h14.

Conacri - A Guiné foi declarada nesta terça-feira livre da transmissão do Ebola, vírus que matou mais de 2.500 pessoas no país, o que faz da Libéria o único país do oeste da África – a região atingida pela epidemia – a estar ainda sob risco de novos casos.

O anúncio foi feito 42 dias depois que os testes feitos na pessoa que era o último caso confirmado de Ebola deram resultado negativo pela segunda vez. O país agora entra em um período de 90 dias de vigilância reforçada, disse a Organização Mundial da Saúde.

O pior surto da doença no mundo começou em Gueckedou, no leste da Guiné, em dezembro de 2013, e depois se espalhou para a Libéria, Serra Leoa e sete outros países. Ao todo, mais de 11.300 pessoas morreram.

Em seu auge, o Ebola provocou medo em todo o mundo e levou governos e empresas a tomarem precauções.

"Cumprimento os governos, comunidades e parceiros por sua determinação em enfrentar esta epidemia", disse o diretor regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.

"À medida que trabalhamos para a construção de sistemas de cuidados de saúde permanentes, precisamos ficar vigilantes para garantir que rapidamente impeçamos qualquer novo recrudescimento em 2016", disse Moeti.

A população na capital, Conacri, recebeu a declaração com um sentimento misto, dadas as mortes e os danos que o vírus causou na economia e nos setores de saúde e educação.

"Vários da minha família estão mortos. Essa situação nos mostrou o quanto nós devemos lutar por aqueles que são sobreviventes", disse Fanta Oulen Camara, que trabalha para a organização Médicos Sem Fronteiras Bélgica.

Foram mais de 3.800 casos na Guiné, de um total de 28.600 no mundo, segundo a OMS. Quase todos os casos e mortes foram na Guiné, Libéria e Serra Leoa, país em que a epidemia acabou oficialmente em novembro.

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