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Guiana é o país que mais vai crescer em 2024, segundo o FMI; veja o top 7

País enfrenta tentativa da Venezuela de se apossar de parte de seu território

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 16 de abril de 2024 às 10h00.

A Guiana deverá ser o país com maior crescimento do mundo mais uma vez em 2024, prevê o FMI (Fundo Monetário Internacional). O país, que vive um boom com a exploração de petróleo, deve avançar 33,9% este ano.

Em 2023, a Guiana viu seu PIB avançar 44,1% e atingir US$ 40 bilhões. O país vive um embate com a Venezuela, que quer se apossar de mais de metade de seu território, o que daria acesso a reservas de petróleo. O presidente Nicolás Maduro já assinou leis para criar um novo estado venezuelano dentro do território da Guiana, mas não tomou ações militares. O assunto é debatido em fóruns internacionais, como a Corte Internacional de Justiça.

A lista das nações que mais devem crescer inclui Palau, país da Oceania que depende do turismo e agora se recupera após graves perdas na pandemia, e Niger, na África, também beneficiado por altas de exportação de petróleo. Veja abaixo a lista com os sete países que mais devem crescer em 2024:

  1. Guiana - 33,9%
  2. Palau - 12,4%
  3. Níger - 10,4%
  4. Senegal - 8,3%
  5. Líbia - 7,8%
  6. Ruanda - 6,9%
  7. India - 6,8%

Situação da economia global

Para a economia global como um todo, o FMI prevê alta de 3,2%, valor 0,1 ponto percentual acima da previsão de janeiro. A região da América Latina e Caribe deve subir 2%.

O fundo prevê que o Brasil avançará 2,2% em 2024 e 2,1% em 2025. A Argentina deve encolher 2,8% em 2024 e crescer 5% em 2025, prevê o fundo, em meio a uma série de reformas iniciadas desde a posse do presidente Javier Milei, em dezembro.

O FMI revisou para cima a perspectiva de crescimento dos EUA (2,7%, alta de 0,6 ponto) e da zona do euro (0,8%, 0,1 ponto de piora). A previsão para a China ficou estável, em 4,6%.

"A economia global segue notavelmente resileinte, com crescimento seguindo firme conforme a inflação volta à meta. Apesar de muitas previsões, o mundo evitou uma recessão, o sistema bancário se provou resiliente e as maiores economias emergentes não sofreram paradas súbitas", aponta Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, no início do relatório.

"A onda de inflação não disparou espirais de preços e salários descontroladas. Em vez disso, quase tão rápido como a inflação subiu, ela vem caindo". diz Gourinchas.

Apesar do otimismo, o FMI pede cautela e lembra que a inflação ainda não foi contida de vez, e que novas ações são necessárias. Embora os custos de energia e de mercadorias tenham sido contidos, a alta de preços dos serviços segue gerando preocupações."O progresso em direção às metas de inflação tem empacado desde o começo do ano. Isso pode ser um atraso temporário, mas há razões para seguir vigilante", aponta o documento.

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