Síria: guerra acontece há 7 anos (Bassam Khabieh/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de março de 2018 às 08h34.
Última atualização em 13 de março de 2018 às 12h08.
Beirute - Pelo menos 353.935 pessoas morreram na guerra na Síria, que na próxima quinta-feira completa seu sétimo aniversário, segundo dados publicados nesta segunda-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) que, no entanto, não descartou que esse número possa ser superior a 500 mil.
O OSDH, que conta com colaboradores em toda a Síria, documentou a morte de 353.935 pessoas, das quais quase um terço corresponde a civis.
A apuração contabiliza a morte de 106.390 civis, entre os quais 19.811 eram menores de idade e 12.513, mulheres.
Além disso, o OSDH documentou a morte de 59.424 sírios e 63.360 estrangeiros que combatiam em grupos rebeldes e islamitas, como o Estado Islâmico (EI) e o antigo braço sírio da Al Qaeda.
Já entre as forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, morreram 63.820 militares, 48.814 milicianos sírios, 1.630 membros do grupo xiita libanês Hezbollah e outros 7.686 estrangeiros xiitas.
Entre as mortes documentadas pelo OSDH há 196 pessoas cujas identidades são desconhecidas e 2.615 desertores.
A fonte especificou que a apuração não inclui 45 mil civis que morreram torturados em centros de detenção governamental.
Além disso, o paradeiro de 5.200 civis e combatentes sequestrados pelo EI ainda é desconhecido, assim como 4.700 prisioneiros e desaparecidos pertencentes às forças governamentais, e os 2 mil reféns que estão em poder das distintas facções.
O OSDH calcula que, além das mortes verificadas, poderia haver mais 100 mil mortos, uma informação que o grupo não pôde confirmar devido ao sigilo que as partes em conflito mantêm sobre suas baixas e a dificuldade de acesso a algumas regiões.
A ONG acrescentou que o governo de Assad controla atualmente 57,57% do território sírio, enquanto as Forças da Síria Democrática (FSD), milícias lideradas por curdos, dominam 26,8%.
Diferentes facções islamitas e rebeldes possuem 12,7% do terreno; as forças turcas, que iniciaram uma ofensiva no norte do país em 20 de fevereiro, assumiram o controle de 1,9% da Síria; e o Estado Islâmico (EI) controla uma parte marginal do resto do país.