Foguetes disparados da cidade de Gaza em direção a Israel em 7 de outubro de 2023. (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 9 de outubro de 2023 às 07h34.
Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 14h49.
Depois de declarar guerra e prometer destruir o Hamas, Israel intensificou os bombardeios na Faixa de Gaza nesta segunda-feira 9. Ao mesmo tempo, soldados israelenses tentavam proteger a fronteira e expulsar os membros do grupo islâmico que ainda permanecem na região.
O porta-voz do exército israelense, Richard Hecht, afirmou que a caça ao Hamas está demorando mais do que o esperado por causa de brechas na fronteira. “Pensávamos que estaríamos em uma situação melhor [nesta segunda] pela manhã”, disse Hecht. Os combates ocorrem em "sete a oito" locais no sul de Israel.
Os militares israelenses disseram já ter atingido mais de mil alvos na Faixa de Gaza. O contra-ataque inclui bombardeios, como que arrasou grande parte da cidade de Beit Hanoun, no nordeste da Faixa de Gaza. “Continuaremos a atacar desta forma, e com esta força, continuamente, em todos os [locais] e rotas utilizadas pelo Hamas", disse o contra-almirante israelense Daniel Hagari.
Pelo menos 700 pessoas foram mortas em Israel desde sábado, 7, quando começou a ofensiva do Hamas. Em Gaza, já são 400 vítimas. O grupo islâmico diz manter mais de 130 prisioneiros.
O número de vítimas após os ataques no sábado, 7, do grupo terrorista Hamas no sul de Israel não para de subir e já passa de 1.200 pessoas nesta segunda-feira, 9. De acordo com o ministério da Saúde de Israel, a contagem oficial de mortos no país, divulgada neste domingo, chegava a 700.
No final da tarde de ontem, 8, foram retirados mais de 250 corpos no local onde ocorria uma rave brasileira quando começaram os ataques do Hamas.
As Forças de Defesa de Israel disseram no início do domingo que haviam atingido 10 locais em Gaza.
A sede da inteligência do Hamas, dois bancos e um complexo militar usado pelas forças aéreas do grupo foram atingidos, disse a IDF no Telegram.
Uma instalação de produção de armas da Jihad Islâmica - um grupo menor baseado em Gaza que atacou Israel - também foi alvo.
Os temores de uma repercussão regional aumentaram depois que o Hezbollah, grupo terrorista do Líbano, disse que atacou alvos israelenses perto da fronteira "em solidariedade" ao Hamas. Israel disse que revidou o ataque. A Força Interina das Nações Unidas no Líbano, ou UNIFIL, pediu a todos os lados que reduzissem a escalada de violência.
A Cisjordânia estava tranquila no domingo, com as aulas canceladas e as lojas fechadas em uma greve geral realizada em solidariedade aos terroristas em Gaza. Um palestino foi morto em um confronto com israelenses em Nablus pela manhã, mas não houve violência generalizada.
Líderes do Egito e Jordânia vão trabalhar para evitar deterioração do conflito em Israel
Os líderes do Egito e da Jordânia conversaram sobre os ataques de terroristas do Hamas a Israel. O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi recebeu a ligação telefônica do rei da Jordânia, Abdullah II, e concordaram em trabalhar para evitar a deterioração do conflito em Israel, de acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do presidente do Egito.
Os dois países são aliados próximos dos EUA e foram as primeiras nações árabes a estabelecer relações diplomáticas com Israel.
Mousa Abu Marzouk, um dos líderes do Hamas, declarou que seu grupo está mantendo mais de 100 pessoas como reféns depois dos ataques de terroristas a Israel neste fim de semana. Ele fez os comentários neste domingo, 8, ao al-Ghad, um website de notícias publicadas em árabe. Este número é adicional às 30 pessoas que estão sendo mantidas como reféns pelo grupo palestino Jihad Islamica.
De acordo com a Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, trataram dos ataques do Hamas a Israel e destacaram que entre os reféns estão "famílias inteiras", idosos e crianças pequenas.
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