Guerra civil na Síria impulsionou Estado Islâmico, diz Obama
Obama disse que a guerra civil na Síria deu origem do Estado Islâmico e acusou o presidente Bashar Assad de provocar tensões sectárias
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 15h03.
Washington - O presidente Barack Obama disse nesta quinta-feira que os esforços norte-americanos e internacionais para enfraquecer e, finalmente, destruir o grupo militante Estado Islâmico só podem ser alcançados depois de uma transição política na Síria.
Em discurso aos participantes de uma cúpula sobre extremismo violento realizada na Casa Branca, Obama disse que a guerra civil na Síria deu origem do Estado Islâmico e acusou o presidente Bashar Assad de provocar tensões sectárias.
"A guerra civil na Síria só vai acabar quando houver uma transição política inclusiva e um governo que sirva aos sírios de todas as etnias e religiões", disse Obama.
O presidente norte-americano disse também que a falta se inclusão do antigo governo do Iraque impulsionou o avanço do Estado Islâmico no país.
Mas, no caso iraquiano, o governo já conseguiu facilitar a transição do governo, com a substituição, em agosto, do primeiro-ministro Nouri al-Malaki pelo atual ocupante do cargo, Haider al-Abadi.
Obama pediu aos líderes muçulmanos de todo o mundo que façam mais para conter os extremistas, cujas opiniões, disse ele, perpetuam a ideia de que os Estados Unidos e outros países ocidentais são contrários ao Islã.
Foi o segundo discurso de Obama durante a reunião em dois dias.
"A ideia de que o Ocidente está em guerra com o Islã é uma mentira", disse Obama.
"Comunidades muçulmanas, incluindo estudiosos e clérigos têm, portanto, a responsabilidade de repelir interpretações distorcidas do Islã, mas também rebater as mentiras de que estamos, de alguma forma, enfrentando um choque de civilizações; de que os Estados Unidos e o Ocidente estão, de alguma forma, em guerra com o Islã ou têm como objetivo reprimir os muçulmanos, ou sainda que somos a causa de todo o mal no Oriente Médio."
Mais cedo, o secretário de Estado John Kerry destacou a natureza global do desafio e disse que bons governos, melhorias econômicas e reconhecimento de outras vozes ajudariam a conter o extremismo.
"Se dermos chances a eles, seus objetivos principais podem realmente dar a eles uma vantagem comparativa", disse Kerry, descrevendo a singular determinação dos grupos terroristas de causar estragos e recrutar novos membros.
"Temos de igualar seus compromissos e não deixá-los sem nenhuma vantagem."
O secretário de Estado declarou também que a reunião de cúpula nos Estados Unidos será o primeiro evento desse tipo.
Representantes de outros países afirmaram que haverá outros encontros desse tipo, dentre eles uma reunião de líderes religiosos na Organização das Nações Unidas.
Fonte: Dow Jones Newswires.
Washington - O presidente Barack Obama disse nesta quinta-feira que os esforços norte-americanos e internacionais para enfraquecer e, finalmente, destruir o grupo militante Estado Islâmico só podem ser alcançados depois de uma transição política na Síria.
Em discurso aos participantes de uma cúpula sobre extremismo violento realizada na Casa Branca, Obama disse que a guerra civil na Síria deu origem do Estado Islâmico e acusou o presidente Bashar Assad de provocar tensões sectárias.
"A guerra civil na Síria só vai acabar quando houver uma transição política inclusiva e um governo que sirva aos sírios de todas as etnias e religiões", disse Obama.
O presidente norte-americano disse também que a falta se inclusão do antigo governo do Iraque impulsionou o avanço do Estado Islâmico no país.
Mas, no caso iraquiano, o governo já conseguiu facilitar a transição do governo, com a substituição, em agosto, do primeiro-ministro Nouri al-Malaki pelo atual ocupante do cargo, Haider al-Abadi.
Obama pediu aos líderes muçulmanos de todo o mundo que façam mais para conter os extremistas, cujas opiniões, disse ele, perpetuam a ideia de que os Estados Unidos e outros países ocidentais são contrários ao Islã.
Foi o segundo discurso de Obama durante a reunião em dois dias.
"A ideia de que o Ocidente está em guerra com o Islã é uma mentira", disse Obama.
"Comunidades muçulmanas, incluindo estudiosos e clérigos têm, portanto, a responsabilidade de repelir interpretações distorcidas do Islã, mas também rebater as mentiras de que estamos, de alguma forma, enfrentando um choque de civilizações; de que os Estados Unidos e o Ocidente estão, de alguma forma, em guerra com o Islã ou têm como objetivo reprimir os muçulmanos, ou sainda que somos a causa de todo o mal no Oriente Médio."
Mais cedo, o secretário de Estado John Kerry destacou a natureza global do desafio e disse que bons governos, melhorias econômicas e reconhecimento de outras vozes ajudariam a conter o extremismo.
"Se dermos chances a eles, seus objetivos principais podem realmente dar a eles uma vantagem comparativa", disse Kerry, descrevendo a singular determinação dos grupos terroristas de causar estragos e recrutar novos membros.
"Temos de igualar seus compromissos e não deixá-los sem nenhuma vantagem."
O secretário de Estado declarou também que a reunião de cúpula nos Estados Unidos será o primeiro evento desse tipo.
Representantes de outros países afirmaram que haverá outros encontros desse tipo, dentre eles uma reunião de líderes religiosos na Organização das Nações Unidas.
Fonte: Dow Jones Newswires.