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Guaidó diz que não negociará para manter "violadores de direitos no poder"

O líder da oposição venezuelano avisou os presidentes do México e do Uruguai que só negociará quando todos estiverem de acordo com a "cessação da usurpação"

Guaidó: o líder da oposição defende a saíde de Maduro e um governo de transição (Marco Bello/Getty Images)

Guaidó: o líder da oposição defende a saíde de Maduro e um governo de transição (Marco Bello/Getty Images)

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EFE

Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 12h32.

Caracas - O chefe do Parlamento e autoproclamado presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta sexta-feira ao México e ao Uruguai que não participará de um diálogo que busque manter "violadores dos direitos humanos no poder" e reiterou que só está interessado em uma negociação que acorde a saída de Nicolás Maduro.

"Queremos expressar com firmeza que as forças democráticas, as instituições legítimas e muito menos o povo da Venezuela será partícipe de conversas e negociações cujo propósito é manter violadores de direitos humanos no poder pela via do engano", disse em carta publicada no Twitter.

Na carta dirigida aos presidentes do México e do Uruguai, Andrés Manuel López Obrador e Tabaré Vásquez, respectivamente, Guaidó ratifica que só estará interessado em uma negociação "quando esta estiver de acordo definitivamente com os termos da cessação da usurpação".

Uma negociação que, acrescenta, "permita a transferência efetiva do poder a representantes legítimos do povo venezuelano para iniciar um processo de transição que termine com a realização de eleições livres, nas quais seja permitida a participação de todas as forças democráticas de maneira justa e transparente".

Além disso, criticou a neutralidade dos representantes destes países ao dizer que neste momento ser "neutro é fazer o papel do lado de um regime que condenou centenas de milhares de seres humanos à miséria, à fome, ao exílio e inclusive à morte".

Guaidó convidou o México e o Uruguai, que levarão nesta sexta-feira uma proposta de diálogo diante da ONU para impulsionar uma solução para a crise venezuelana, a refletir e a se somar como "colaboradores" à exigência de "restituir a ordem Constitucional para iniciar um Governo de transição que leve" a um processo de eleições livres.

O autoproclamado presidente ressaltou que qualquer outra coisa que se distancie deste marco de negociação só agravará a crise.

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