Partidários do Hezbollah libanês carregam caixão de combatente morto em conflito na Síria: Hezbollah destacou em nota que Laqis era "um guerreiro santo" (AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h09.
Beirute - Um grupo jihadista sunita libanês assumiu nesta quarta-feira a autoria do assassinato de um dos líderes da ala armada do grupo xiita Hezbollah, Hassan Hulo al Laqis, que foi morto ontem à noite perto de sua casa no sul de Beirute.
A chamada Brigada dos Sunitas Livres em Baalbeck disse em várias mensagens na rede social Twitter que essa "operação jihadista gloriosa" foi feita por "leões sunitas livres do Líbano".
"Juramos por Deus que a vitória está próxima. Esse é o início de uma nova era", ressaltou o grupo, que anteriormente reivindicou outros ataques seletivos contra o Hezbollah.
Em sua reivindicação, à qual deram credibilidade vários veículos de imprensa libaneses, a brigada chamou o Hezbollah, que significa "Partido de Deus", de "Partido do diabo".
O grupo batizou o ataque como o "cumprimento da promessa", e advertiu ao grupo xiita de que não permitirá que "se profanem as mesquitas sunitas ou se insulte Aisha" (mulher do profeta Maomé).
Laqis foi assassinado perto de sua casa no bairro de Hadaz, de população mista cristã-chiita e situado no sul de Beirute.
O Hezbollah destacou em nota que Laqis era "um guerreiro santo" e "um dos melhores líderes que lutaram pela liberdade e pela dignidade", e acusou Israel do assassinato.
O fato aconteceu horas depois de a emissora privada OTV exibir uma entrevista ao líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que acusou à Arábia Saudita do duplo atentado contra a embaixada do Irã em Beirute o novembro passado.
O atentado suicida, que causou mais de 20 mortos, foi reivindicado por outro grupo extremista sunita do Líbano.
Nos últimos meses o Hezbollah foi alvo de vários ataques, entre eles um par de atentados em seus redutos de Beirute, devido a sua participação na guerra na Síria do lado do regime de Damasco.