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Grupo rebelde no Burundi quer tirar presidente do poder

O Burundi está mergulhado em uma profunda crise política desde o fim de abril, quando Nkurunziza anunciou que aspirava a um terceiro mandato presidencial

O presidente do Burundi: "Nosso objetivo é expulsar do poder pela força Nkurunziza para restaurar o Acordo de Arusha e a democracia" (Jean Pierre Aime Harerimana/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 09h52.

Um ex-oficial superior do exército do Burundi proclamou nesta quarta-feira o nascimento de uma rebelião, que reúne os principais grupos que atuam no país, para "expulsar" do poder o presidente Pierre Nkurunziza.

"Com o objetivo de proteger a população e seus bens, e após uma longa concertação, decidimos formar uma força armada legalista chamada Forças Republicanas do Burundi, o Forebu", anunciou o tenente-coronel Edouard Nshimirimana, em mensagem de áudio enviada à AFP.

"Nosso objetivo é expulsar do poder pela força Nkurunziza para restaurar o Acordo de Arusha e a democracia" no Burundi, afirmou.

O Acordo de Arusha estabelecia um poder compartilhado entre hutus e tutsis depois da guerra civil que entre 1993 e 2006 opôs o exército, majoritariamente tutsi, e grupos rebeldes hutus.

O Burundi está mergulhado em uma profunda crise política desde o fim de abril, quando Nkurunziza anunciou que aspirava a um terceiro mandato presidencial.

O tenente-coronel Nshimirimana, que desertou em 26 de setembro passado, está na província de Bujumbura rural, que domina a capital.

Nshimirimana estaria à frente de um importante grupo armado, integrado principalmente por desertores do exército e da polícia.

"Diante da violência feroz do Estado e depois do repúdio categórico e arrogante de qualquer diálogo", resta apenas o recurso da força para "proteger a população", declarou Nshimirimana.

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Um ex-oficial superior do exército do Burundi proclamou nesta quarta-feira o nascimento de uma rebelião, que reúne os principais grupos que atuam no país, para "expulsar" do poder o presidente Pierre Nkurunziza.

"Com o objetivo de proteger a população e seus bens, e após uma longa concertação, decidimos formar uma força armada legalista chamada Forças Republicanas do Burundi, o Forebu", anunciou o tenente-coronel Edouard Nshimirimana, em mensagem de áudio enviada à AFP.

"Nosso objetivo é expulsar do poder pela força Nkurunziza para restaurar o Acordo de Arusha e a democracia" no Burundi, afirmou.

O Acordo de Arusha estabelecia um poder compartilhado entre hutus e tutsis depois da guerra civil que entre 1993 e 2006 opôs o exército, majoritariamente tutsi, e grupos rebeldes hutus.

O Burundi está mergulhado em uma profunda crise política desde o fim de abril, quando Nkurunziza anunciou que aspirava a um terceiro mandato presidencial.

O tenente-coronel Nshimirimana, que desertou em 26 de setembro passado, está na província de Bujumbura rural, que domina a capital.

Nshimirimana estaria à frente de um importante grupo armado, integrado principalmente por desertores do exército e da polícia.

"Diante da violência feroz do Estado e depois do repúdio categórico e arrogante de qualquer diálogo", resta apenas o recurso da força para "proteger a população", declarou Nshimirimana.

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