Soldado filipino das forças de paz da ONU: o Conselho de Segurança da ONU e o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, condenaram ontem o sequestro dos observadores e exigiram sua libertação "imediata e incondicional". (Baz Ratner/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2013 às 14h11.
Cairo - Um vídeo divulgado nesta quinta-feira por ativistas sírios na internet mostra seis dos 21 observadores da ONU de nacionalidade filipina que teriam sido capturados por rebeldes sírios no sul do país, perto das Colinas de Golã.
Os observadores aparecem usando uniforme militar no interior de uma casa e um deles, que se identifica como capitão do batalhão filipino das forças da ONU, diz que estão a salvo.
O grupo, chamado Brigada dos Mártires de Yarmouk, requisitou ontem a autoria do sequestro e acusou os capturados de ajudar as forças do regime de Bashar al Assad a ir para as proximidades da aldeia síria de Yumla, próximo às Colinas de Golã e ocupada há três dias pelos insurgentes.
No vídeo, de 43 segundos e qualidade ruim, o capitão explica, no entanto, que os civis os levaram para essa casa porque quando passavam perto de Yumla se viram obrigados a parar por causa dos bombardeios.
"Os civis nos ajudaram e agora estamos a salvo. Nos dispuseram em diferentes lugares para nossa segurança e nos deram um bom alojamento, comida e água", diz o membro da missão da ONU.
A versão contrasta com a dos rebeldes, que condicionaram a libertação dos observadores a que as forças do regime sírio se retirem da região de Yumla.
Os observadores filipinos são membros da missão da ONU nas Colinas de Golã (UNDOF), que supervisiona o cumprimento do cessar-fogo entre Israel e Síria na região, ocupada pelo Estado judeu na Guerra dos Seis Dias, de 1967.
O Conselho de Segurança da ONU e o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, condenaram ontem o sequestro dos observadores e exigiram sua libertação "imediata e incondicional".