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Gripe aviária de 2009 matou 15 vezes mais que o anunciado

Novo estudo estima em entre 151.700 e 575.400 as vítimas fatais do vírus H1N1, enquanto a OMS registra oficialmente 18.500 óbitos

Homem recebe vacina contra gripe aviária: ao contrário de outros estudos, este inclui o sudeste asiático e a África, que foram as regiões mais afetadas, com 51% de todos os óbitos (Jesus Alcazar)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 21h29.

Paris - A pandemia de gripe aviária em 2009 causou 15 vezes mais mortes que a estimativa baseada exclusivamente em exames de laboratório, destaca um estudo publicado nesta terça-feira pela revista médica The Lancet Infectious Diseases.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou até o momento 18.500 óbitos pelo vírus H1N1 - confirmados com provas de laboratório - entre abril de 2009 e agosto de 2010, mas o novo estudo estima em entre 151.700 e 575.400 as vítimas fatais da gripe aviária.

"Este é um dos primeiros estudos que facilita estimativas globais sobre o número de óbitos provocados pela gripe H1N1 e, ao contrário de outras avaliações, inclui os países do sudeste asiático e a África, onde os dados sobre a mortalidade associada às gripes são limitados", assinala Fatimah Dawood, do Centro de Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC) de Atlanta.

Ao contrário das gripes sazonais, que afetam principalmente os idosos, a pandemia de 2009 atingiu muito mais as pessoas com menos de 65 anos (80% do total dos óbitos).

O sudeste asiático e a África foram as regiões mais afetadas, com 51% de todos os óbitos atribuídos ao H1N1, contra a média mundial de 38%.

"Os resultados mostram a necessidade de se melhorar a resposta global diante de futuras pandemias e de se desenvolver e distribuir vacinas contra gripe na África e no sudeste da Ásia", destacam os autores do trabalho.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou até o momento 18.500 óbitos pelo vírus H1N1 - confirmados com provas de laboratório - entre abril de 2009 e agosto de 2010, mas o novo estudo estima em entre 151.700 e 575.400 as vítimas fatais da gripe aviária.

"Este é um dos primeiros estudos que facilita estimativas globais sobre o número de óbitos provocados pela gripe H1N1 e, ao contrário de outras avaliações, inclui os países do sudeste asiático e a África, onde os dados sobre a mortalidade associada às gripes são limitados", assinala Fatimah Dawood, do Centro de Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC) de Atlanta.

Ao contrário das gripes sazonais, que afetam principalmente os idosos, a pandemia de 2009 atingiu muito mais as pessoas com menos de 65 anos (80% do total dos óbitos).

O sudeste asiático e a África foram as regiões mais afetadas, com 51% de todos os óbitos atribuídos ao H1N1, contra a média mundial de 38%.

"Os resultados mostram a necessidade de se melhorar a resposta global diante de futuras pandemias e de se desenvolver e distribuir vacinas contra gripe na África e no sudeste da Ásia", destacam os autores do trabalho.

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