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Grevistas gregos protestam contra austeridade

A Grécia vive a pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial e deve cortar pelo menos 11,5 bilhões de euros para atender as demandas da crise

Manifestantes atiram coquetel molotov em direção a policiais no centro de Atenas, na Grécia (Costas Baltas/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 08h38.

Atenas - Trabalhadores gregos paralisaram as atividades pela segunda vez em três semanas, nesta quinta-feira, com o objetivo de mostrar aos líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas que uma nova onda de cortes nos salários e aposentadorias iria apenas piorar a situação do país após cinco anos de recessão.

Mais de 20.000 manifestantes reuniram-se no centro de Atenas, à medida que a maioria das empresas e o setor público interromperam as atividades para uma greve de 24 horas, convocada pelos dois maiores sindicatos trabalhistas do país, ADEDY e GSEE.

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As ruas estavam vazias, com policiais em cada esquina e 4.000 oficiais de guarda para proteger ministérios e isolar o acesso ao Parlamento. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes do lado de fora do Parlamento.

"Basta. Eles cavaram nossas covas, jogaram-nos dentro e estamos esperando por um padre para que leia as últimas preces", disse Konstantinos Balomenos, um trabalhador de 58 anos, cujo salário foi cortado pela metade para 900 euros. Ele tem dois filhos desempregados.

"Esta austeridade está tornando todo o sul da Europa rebelde, o euro será destruído. Estão pedindo para que a gente pague pelo que os políticos desviaram", acrescentou.

A Grécia vive a pior recessão desde a 2a Guerra Mundial e deve cortar pelo menos 11,5 bilhões de euros para atender as demandas da "troika" --grupo de credores composto pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI--, e assegurar a próxima parcela do resgate, de 130 bilhões de euros.

Líderes da União Europeia tentarão aplacar suas diferenças sobre os planos para uma união bancário em uma cúpula de dois dias que começa nesta quinta-feira. Nenhuma decisão substancial é esperada, reacendendo preocupações com a complacência para aplacar a crise da dívida, que explodiu três anos atrás na Grécia.

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